segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um dia no Inferno–Capítulo Único

 

Gensuke.

Baixinho, magrelo, na casa dos 30, cabelos mutantes e roupas da última coleção. De personalidade extravagante e atos igualmente impensados.

Para os amigos, ele é o gênio da moda, a mente mais criativa de todo o Japão! Sempre aparecendo com as melhores ideias e os melhores desenhos de roupas para se apresentar no cenário musical.

Para os inimigos... bom, ele não é alguém pra se querer como inimigo.

Para as bandas às quais ele foi designado como estilista, Gensuke, ou apenas G-san, era alguém para se evitar a todo custo, mesmo que isso fosse praticamente impossível.

* * *

Sempre amou trabalhar com moda, criar roupas diferentes e ver que seu trabalho era apreciado por todos. Melhor que isso, só mesmo os modelos que mandavam para sua sala. Era um músico melhor que o outro! E atualmente vinha dedicando grande interesse pelos rapazes da P”Saiko.

Começando pelo vocalista, a imagem a frente da banda. Sempre atraindo a atenção com seu jeitinho doce e sorriso acolhedor. Pelo menos era isso que todos viam. Ele, claro, tinha uma visão mais privilegiada. Ele sabia que por trás dos sorrisos, Arata-san ostentava um corpo bonito, em especial as pernas bem definidas, que ele tinha o prazer de poder tocar toda vez que ia tirar as medidas.

Ah, ele sabia bem que o vocalista ia ficar sem graça, mas também não perdia a oportunidade de lhe dar um tapa na bunda, afirmando que estava tudo em cima.

Só precisava tomar cuidado com o guitarrista ruivo. Caso ele soubesse que tirava uma lasquinha do seu namorado, com certeza teria um olho roxo para contar história no dia seguinte.

Trabalhar com Takeo-san também não era nada ruim, longe disso. O ruivo podia levar tudo na brincadeira e conquistar muitos com seus sorrisos, cantadas e indiretas, mas ele sim conhecia o melhor lado que o guitarrista mais novo podia oferecer. Corpo magro e braços fortes, com sua beleza exótica e uma comissão traseira de dar inveja.

As fãs deliravam com suas danças no palco, a barriga a mostra e a calça justa, marcando outras partes nada modestas, mas quem estava no backstage é que via o grande show.

Gensuke tinha surtos de adolescente só de imaginar.

Continuando com seus desejos, a seguir vinha Teruo. Ah, o mistério oculto naquele corpo desenhado pelos deuses! Amava o ar maduro que ele transpirava. Mas não era só o bom senso e maturidade que chamavam sua atenção. Assim como os outros dois, Teruo-san também tinha muitos atrativos: era alto, magro, bonito e em especial tinha aquele peitoral largo e forte e o abdômen firme.

Quantas vezes já não sonhara em arranhá-lo to-di-nho?!

Outra peça rara naquela banda era o líder e baterista Jack. Também bonito, inteligente, com um passado sofrido, que o fazia ter vontade de colocá-lo no colo, isso se não fosse o medo de apanhar até entrar em coma. Era a contradição em pessoa, uma grande força num corpo tão pequeno e por trás da seriedade ainda havia resquícios de uma infância não vivida.

Shibuya, baixista e otaku. O mais alto da banda, suas ideias iam mais alto ainda, praticamente viajando nas nuvens que o levavam a um universo paralelo. Corpo muito magro, braços fortes, um sorriso bonito que alcança os olhos e mostra a alma leve. Com alguns problemas em família, é claro, mas quem não tem?

E pra melhorar, estava na época de desenhar os novos modelos para o próximo álbum. Precisava de ideias geniosas pra criar peças únicas, assim como aqueles cinco rapazes. E tinha jeito melhor de conseguir inspiração do que tendo uma daquelas cinco perfeições ao seu lado?

A-ma-va trabalhar com eles!

E pra iniciar a manhã bem, ouviu passos no corredor, parando bem em frente a sua porta. A seguir veio uma batida em sua porta, esperando autorização para entrar. Era o sortudo da vez que iria trabalhar consigo.

* * *

Asamura respirou fundo ao sair do elevador, parando um instante a um canto para fumar um pouco e tentar relaxar antes da maratona estressante do dia. Até tentara designar algum dos colegas de banda para aquela tarefa, mas a situação acabou virando contra si.

Pra começar, pensara em mandar Takeo até ali, como castigo por ter aprontado durante os ensaios, mas o ruivo conseguira surpreender a todos e se dedicar muito na última semana, ao ponto de terminar sua parte nas composições antes mesmo de qualquer um dos outros.

Mandar Arata estava fora de cogitação, pois ele trabalhara junto com o estilista no último single e também porque Shiroyama ia implicar que era marcação, e com certeza não queria começar uma discussão infantil e sem fundamentos.

Teruo negara sem piedade quando lhe pedira para fazer aquele serviço. Da última vez ele quase matara o infeliz e ficou tão mal humorado que ninguém arriscou chegar perto do guitarrista por pelo menos um mês.

Mandar Shibuya era arriscado. Tanto para o visual quanto para sua própria sanidade. Achava o namorado por vezes inocente demais para distinguir quando o estilista estava passando dos limites e quando estava trabalhando a sério.

E foi por falta de outra opção que Jack estava ali, na frente da porta da sala de Gensuke, esperando para começarem o longo trabalho de criação, onde o estilista iria desenhar as roupas para o próximo lançamento, pedindo ideias e mostrando seus rascunhos pessoais, até que a obra de arte finalmente saísse do papel e se transformasse em vestes.

* * *

_ Hello, darling! – abriu a porta animadamente, dando passagem para o baterista, apoiando as mãos em seus ombros e conduzindo-o até a mesa – Estava aqui pensando em você, esperando ansioso que chegasse para mostrar o que vim produzindo esses dias!

E se Asamura pensou que nunca sentiria medo na vida, estar sozinho com o estilista numa sala era uma sensação próxima a isso. Um arrepio estranho subiu dos seus pés até sua cabeça, deixando seus pelos eriçados e seus instintos alerta a qualquer movimento suspeito.

A sala daquele louco também não ajudava em nada! Dessa vez as paredes estavam em tom de marrom escuro, com alguns quadros surrealistas em um dos lados, a janela com cortinas pesadas em veludo roxo escuro emoldurando a parede do fundo, enquanto a outra parede continha vários desenhos pregados em um quadro de avisos. Sob a mesa havia papéis, lenços, retalhos de couro, algodão e seda, vários frascos com purpurina, agulhas e linhas. Era uma sala de tortura, não havia outra definição.

_ Sente-se aqui, do meu ladinho, querido! – puxou uma cadeira ao lado da sua, acabando com as esperanças de Jack em sentar na outra ponta da mesa – Nós temos tanto pra conversar e tão pouco tempo!

Jack realmente torcia para que o tempo fosse pouco e ele não precisasse trabalhar com o estilista a semana toda, mas ao mesmo tempo, ele era realista demais para sonhar com algo tão bom.

_ Vamos começar rápido, Gensuke. Ainda tenho que fiscalizar a gravação do cd. – até pensou em pegar mais um cigarro, mas sabia que não ia acalmar seus nervos – Onde estão seus ajudantes?

_ Ah, não me apresse, benzinho! – G-san apertou-lhe a bochecha com força – Você sabe que eu não trabalho assim! – pegou várias folhas em uma pasta, depositando-as na frente do baterista – Meus assistentes vão chegar mais tarde hoje. Agora, olhe esses rascunhos e me diga o que acha!

Como quem não quer nada, Gensuke apoiou a mão na coxa de Jack, apertando-a de leve. Quase suspirou de emoção ao sentir a perna grossa e firme sob sua mão. Se ele estivesse de shorts então... não ia conseguir se segurar!

_ Eu acho... – Ryuutarou respirou lenta e calmamente antes de responder, aproveitando pra contar até dez, duas vezes – que se você não tirar sua mão daí, eu vou tirar a força.

_ Que grosseria! – mas o estilista atendeu ao pedido, colocando a mão dramaticamente em seu peito – Eu só estava sendo gentil!

_ Seja profissional. – Jack resmungou entredentes.

_ Eu sou, amorzinho. O melhor que vai encontrar. – respondeu confiante, esperando pacientemente que o baterista olhasse seus desenhos.

_ Humm... ficaram bons. Só mudar alguns detalhes. – o baterista sabia que nenhum dos companheiros ia usar algo com tantos decotes e nem com as cores indicadas em cada peça.

_ Detalhes?! Como você tem coragem de falar assim das minhas obras de arte? Esses desenhos são relíquias que eu tirei das minhas pastas especialmente para montar o visual da banda! Seja grato!

Asamura revirou os olhos, apertando a carteira de cigarros no bolso e depois respirando longamente. Já havia repetido aquele gesto quantas vezes só naquela manhã? E por que o estilista tinha que ser tão sem noção? Preferia mil vezes aguentar as brincadeiras idiotas de Takeo ou o humor ácido de Teruo do que passar por aquela sessão de tortura.

_ Tudo bem, vamos adaptar suas obras de arte...

_ Não tente concertar sua ofensa! – Gensuke pegou um lápis em cima da mesa, fazendo rabiscos ágeis em outra folha, juntando os traços e formando rapidamente um desenho muito similar ao primeiro que havia mostrado ao baterista.

_ Esses detalhes agora o agradam? – esticou novamente o desenho, praticamente se debruçando sobre o moreninho, apoiando seu braço sob os ombros do outro, descendo a mão de leve por suas costas.

Era um desafio e Asamura não ia fraquejar. Ele ia aguentar o trabalho com o estilista, não importava o que aconteceria!

Sentou-se ereto ao sentir a mão boba do outro homem chegar perto de sua cintura, apertando o papel em suas mãos com força, quase rasgando as beiradas.

_ Gensuke-san... – Jack rosnou entre dentes, fulminando o outro com o olhar.

_ Não gostou? – o estilista sorriu de canto, deixando vago se o gostar era em relação ao desenho ou ao suposto carinho.

_ Esse desenho ficou melhor. – suspirou aliviado quando o outro se endireitou na cadeira, escrevendo o nome de um dos companheiros de banda na parte superior da folha, mostrando de quem era aquele modelo.

_ O que acha de usarmos veludo novamente? – G-san comentou pensativo – As roupas vão ficar um pouco pesadas se eu misturar com couro, mas não quero usar seda, é muito leve e não gostei de combinar com as plumas.

_ Não use plumas. – o tom do líder soou quase pedinte. Odiava excesso de brilho ou ficar parecendo com uma galinha.

_ Humm e que tal rendas? – olhou para um pedaço do material sob sua mesa – Posso usar na hora de finalizar, em especial nos seus shorts e do Arata-san.

Asamura apenas acenou concordando. Não iam se livrar de todas as ideias insanas que o estilista tinha, afinal precisava de muitas delas para compor um bom visual que combinasse tanto com eles quanto com suas músicas.

* * *

Algumas horas depois Jack estava servindo como modelo vivo, tendo os vários assistentes de Gensuke andando a sua volta, jogando vários pedaços de tecidos sob seu corpo e testando todas as combinações de cores possíveis.

Como se algum dia eles fossem usar algo amarelo ou verde-limão! Eram uma banda de visual kei, então pra que testar algo além do preto, roxo, vermelho ou qualquer outro tom sombrio? Mas pelo pouco que conhecia do estilista, que observava toda a movimentação de um canto, sabia que ele conseguiria um jeito de adaptar aquelas cores estranhas ao visual da banda.

_ Não, não! Vocês já testaram isso antes! – Gensuke saiu de seu canto, balançando as mãos no alto para espantar os assistentes de perto – Eu quero couro para as calças e rendas nos shorts! Essas combinações não vão ficar boas para as costuras! Veludo em todas as camisas! Ah, e encontrem o desenho divino que eu fiz semana passada! Vamos usá-lo dessa vez!

Jack não tinha a mínima ideia do que ele estava falando, mas os assistentes pareciam entender, pois todos começaram a se mover pela sala, separando vários papéis e panos e jogando tudo em um manequim ao canto.

_ Agora vamos dar um jeito nessa roupa... – o estilista aproximou-se do baterista de modo predador, ajeitando as peças a sua maneira, roçando seus dedos atrevidos em qualquer parte do corpo do moreninho que estivesse ao seu alcance, mas nunca permanecendo com a mão no mesmo lugar por tempo suficiente para que o outro o ameaçasse – Ah, isso vai ficar lindo, darling! Tenho certeza que vocês vão amar!

_ É só um monte de tecido... – resmungou baixo e irritado com aquele assédio. Se já não bastassem os assistentes se esfregando, agora tinha o próprio estilista como um urubu a sua volta.

_ Monte de tecido? E você acha que eu faço as roupas com o que? Papel? – G-san olhou indignado para o baterista, comentando para si mesmo que ele não tinha nenhum senso de moda ou imaginação – Vou transformar isso em uma obra de arte! – puxou-o até o espelho, colocando-o de frente para o objeto e parando atrás de si – Agora tente imaginar essa parte costurada nessa aqui... – pegou uma ponta do tecido, roçando os dedos em seus ombros – Junte essas aqui também... – a mão boba descendo para seu peito – Ah, e quero a peça bem justa na cintura! – apertou a cintura do baterista, mostrando como a roupa iria ficar justa quando estivesse pronta.

Jack por sua vez corou com a ousadia e por ter sido pego desprevenido. Ia berrar com o estilista quando um de seus assistentes o chamou alegremente, dizendo ter encontrado o tal desenho.

Foi um alívio tê-lo longe de si.

Suspirou fundo, mais uma vez, olhando-se no espelho. O que fizera para merecer aquele dia no inferno? Havia gritado com o guitarrista base? Normal e merecido. Chamou o vocalista de obeso? E era mentira, por acaso? Não teve paciência com as ideias malucas do namorado? Ele sabia que seria perdoado depois. Teve vontade de matar o guitarrista mais velho ao vê-lo com um sorriso de canto? E daí? Teruo era especialista em irritá-lo e sabia que devia estar rindo dele.

Tudo que queria era voltar pra casa, descansar e descobrir depois de uma longa noite de sono que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

Só que o pesadelo real veio em sua direção mais uma vez, apertando suas bochechas e sorrindo alegremente, perguntando na maior cara de pau se havia sentido sua falta. Como se isso não bastasse, parou a sua frente e continuou ajeitando a roupa, agora lhe espetando alfinetes e fazendo comentários nada castos de como eles iam ficar sexys e gostosos e iam levar todas as fãs à loucura.

Apertou as mãos em punho, olhando de relance para o relógio na parede. Mais uma hora! Precisava aguentar só uma hora e estaria livre!

Livre pelo resto do dia e noite... Tempo suficiente para pensar em uma desculpa e enviar um dos colegas para substitui-lo. Talvez devesse fazer isso mesmo... começar a revezar o trabalho com o estilista. Cada dia mandaria um pra lá, assim não seria o único a sofrer nas mãos daquele maníaco.

Porque um dia era pouco para determinados trabalhos da banda, como tentar escolher a melhor capa ou ensaiar as músicas e adaptar as composições, sem contar as gravações, mas um dia com o estilista, sendo molestado e abusado, tendo que ouvir cantadas baratas e indiretas absurdas, sem contar em todos aqueles assistentes, que pareciam seguir os passos de Gensuke, aprendendo a ser como ele, era literalmente o inferno.

Olhou de novo para o relógio.

Como assim não se passaram nem cinco minutos?! Gensuke já havia testado pelo menos dez modelos diferentes e aproveitado para passar a mão em si em cada um deles e o tempo não passava!

Aquele relógio estava quebrado. Era isso.

Depois de se dar por satisfeito, G-san pediu aos assistentes que guardassem todos os modelos e chamou Jack para se sentar ao seu lado. Ainda tinha algumas dúvidas e queria saber se o baterista podia ajudá-lo. Não conseguia se decidir entre a cinta-liga com meias ou com couro, como uma continuação da calça. E queria saber se podia fazer todas as blusas sem mangas, afinal eles estavam com um físico e tanto! Fez questão de apertar os músculos do braço do baterista para mostrar o quanto ele estava forte.

_ Tente não fugir muito do que nós normalmente usamos. – tentou ser imparcial e acabar logo com aquilo – Você sabe que não pode fazer peças muito curtas e nem totalmente transparentes. Queremos ser reconhecidos pela nossa música e não só pelo visual.

_ Querido, vocês já fazem isso! E muito bem! – pousou a mão no peitoral do baterista, sorrindo feliz – As músicas são ótimas, não precisa se preocupar tanto! E deixem o visual por minha conta, eu sempre acerto! E vocês não querem usar roupas iguais em todos os lives!

_ Só estou dizendo para não fazer algo novo sem avisar.

_ Se eu contar exatamente o que quero fazer vai perder a graça! Assim como as fãs esperam as músicas, vocês tem que esperar pelas roupas!

_ Só. Não. Exagere. – pediu entredentes, olhando mais uma vez para o relógio. Era um milagre? Levantou-se num pulo, afastando-se das mãos do estilista – Estou indo, continuamos depois.

_ Eu te acompanho até a porta! – G-san levantou-se saltitante, pendurando-se nos ombros de Asamura e guiando-o até a porta – Te espero amanhã bem cedo, Jack!

Com um arrepio correndo por suas costas, Ryuutarou apertou o passo em direção à sala dedicada à P”Saiko. Queria pegar suas coisas e sumir o mais rápido possível do estúdio. Não queria ver nem falar com ninguém. Se topasse com um dos idiotas que chamava de colegas de banda, e algum deles fizesse qualquer piadinha, com certeza ia rolar morte.

Mas pro seu azar, todos eles estavam reunidos ali, espalhados pelos sofás, conversando felizes, como se o dia tivesse sido muito proveitoso. E devia ter sido, mas não pra ele.

_ Oi, ursinho! – foi saudado com um abraço apertado do namorado, ao qual não correspondeu prontamente. Ainda tinha náuseas ao imaginar o estilista tocando em si – A gente estava te esperando pra sair. Vamos beber!

_ E qual a comemoração? – questionou enquanto rolava os olhos, impaciente pra qualquer coisa que envolve os cinco juntos.

_ Nenhuma. A gente só quer sair pra se divertir um pouquinho. – Shibuya afastou-se, agora encarando o namorado com mais atenção, notando sua aparência desgastada.

_ Aposto que o Ryuu se divertiu muito a tarde toda, não foi Jackie? – zombou o ruivo, rindo baixinho do outro, recebendo em troca um olhar mortal.

_ Cala a boca... – o baterista resmungou contrariado, se afastando do baixista e procurando por sua mochila, jogando seus pertences ali dentro. Não ia tolerar piadinhas.

_ Não aguenta a verdade? – mas Takeo nunca fora exatamente sensato, ele testaria até o último instante – Você sabe o quanto é divertido trabalhar com o G-san! – ironia escorria por suas palavras.

_ A gente podia contratar alguém de fora pra trabalhar com ele, que tivesse bom gosto pra roupas e aguentasse os surtos do Gensuke-san. – concordou Teruo.

_ Que surtos? O Jack é a pessoa ideal pra continuar nesse trabalho. Ele deve gostar tanto de ficar juntinho com o estilista! Eles se parecem tanto!

_ Cala a boca, Shiroyama! – dessa vez o ruivo ultrapassou os limites, pois a mochila do líder voou em sua direção, errando sua cabeça por pouco.

_ Koi, já chega. – o vocalista puxou sua orelha de leve, em tom de desaprovação – Já demos o recado que não gostamos de trabalhar com o G-san.

_ Mas é sempre bom reforçar o recado. Então Jackie, amanhã bem cedo, ok? Atrase um dia e vai trabalhar com ele no próximo lançamento de novo! – o ruivo imitou as palavras que já ouvira tantas vezes do baterista, arrancando risadas dos amigos e mais um muxoxo do líder, que pegou a mochila e saiu da sala batendo a porta.

Decididamente, precisava dar um jeito naqueles quatro. Ou talvez fosse mais fácil encontrar outro estilista. Mesmo que não fosse o gênio da criação.

FIM

Notas Finais:

Yatta o/
Consegui terminar antes do segundo prazo! *apanha*
Bom, eu sei que a Nii-chan prefere fanfics mais tensas e não gosta de comédia com o Jack sendo o centro das atenções, mas acho que o Gensuke conseguiu desviar bem a atenção pra ele XDD
Então... desculpe não ter contado realmente com quem eu sai... ia perder toda a graça da brincadeira! Apesar que no seu ponto de vista, a graça está em descobrir quem saiu com quem ^^
Espero que tenha gostado chibi, porque foi escrita com carinho pra você! =^-^=

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