quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Capítulo 1: Morri?

Nota do autor:
No sense... semi-au... pra quem não gosta de fantasmas, melhor correr >D


Entrariam em turnê em breve e precisavam ter malas e equipamentos prontos para a longa viagem. Ficariam fora de casa por pouco mais de dois meses, então não poderiam esquecer nada realmente importante.

Aproveitou o bom humor e o fato de ter acordado mais cedo que o normal para começar a arrumar sua bagagem. Separou algumas roupas sobre a cama, separando também alguns coturnos, a maquiagem e as palhetas de estimação.

Olhou em baixo da cama, dentro e também por cima do guarda-roupa, a procura de uma mala grande o suficiente para levar tudo que precisava. Coçou a nuca tentando se lembrar onde havia guardado, correndo até o quarto de hóspedes, encontrando a dita-cuja sobre o armário.

Ergueu-se na ponta dos pés, praguejando por ter comprado guarda-roupas tão altos, levando a mão acima da cabeça e puxando o que considerava ser sua mala. Por descuido acabou desequilibrando e esbarrando o braço no baú, olhando pra cima a tempo de vê-lo cair sobre sua cabeça.

* * *


_ Ohayoo minnaa! – cumprimentou a todos, entrando no estúdio e se jogando no sofá.

_ Está atrasado. – ralhou o líder, tendo três pares de olhos assustados caindo sobre suas costas.

_ Hei, vocês vão me ignorar mesmo? – olhou para o namorado, que guardava o suporte do microfone e outros fios em uma caixa e depois para os dois amigos, que guardavam a guitarra e o contrabaixo nas cases, não recebendo nenhuma resposta – Eu tenho um motivo para atrasar dessa vez, sou inocente!

_ Você nunca é inocente! – Jack sorriu malicioso, se divertindo com a situação do guitarrista ruivo.

_ Chibi... você anda tomando seus remédios? – Teruo olhou de soslaio para o baixista, num questionamento mudo, querendo saber se ele o supervisionava.

_ Não me chama de chibi! – jogou uma das baquetas no mais velho, voltando a arrumar sua bateria – É claro que eu me cuido, por que acha que ainda estão vivos? – questionou sombrio.

_ Jack-san... com quem você estava falando? – o vocalista tentou ser cauteloso, para não assustá-lo sem necessidade.

_ Com o Shiroyama, oras! – virou-se para os colegas de banda, encontrando apenas três deles espalhados pela sala – Onde ele foi?

_ Jackie... o Tachii ainda não chegou... – respondeu Jin, olhando ressabiado para o namorado.

* * *


_ Mas eu juro que ele estava lá! – depois de muito discutirem, saíram pelo estúdio, procurando vestígios de que o ruivo havia mesmo passado por ali, numa falha tentativa de não acusarem o líder de estar alucinando.

Perguntaram na portaria, para os seguranças e o pessoal da recepção. Ninguém havia visto o outro guitarrista entrar ou sair dali naquela manhã.

Jack deu carona para Shibuya, enquanto Teruo estava levando Arata. Iriam até o apartamento de Takeo, para ter certeza que ele não estava ali e que Jack não estava ficando louco.

Ah, ele iria ensinar uma lição para aquele sacana! Era só ter provas que o outro estava pregando-lhe uma peça e faria com que ele se arrependesse.

Hayato pegou a chave que ganhara do namorado, dando passagem para os outros entrarem no apartamento. O ruivo não iria gostar nem um pouco de ter o apartamento invadido, mas era abrir a porta ou agüentar as ameaças do baterista.

Não o encontraram na sala, nem na cozinha ou na dispensa. O quarto estava bagunçado, com algumas roupas na cama e sapatos jogados pelo chão, mas nenhum sinal do ruivo.

_ Achei! – gritou o guitarrista solo, a voz vinda do quarto de visitas.

Shibuya chegou primeiro, já que estava no corredor. Olhou assustado para a cena, sentindo-se nauseado, pois havia um filete de sangue na lateral do rosto do amigo. Arata e Jack vieram em seguida, ambos se assustaram ao encontrar o corpo do guitarrista estatelado no chão.

Arata correu até o namorado, apoiando sua cabeça em suas pernas, chamando-o baixinho, tentando tirar alguma reação, mas ele estava inconsciente.

_ Eu vou pedir uma ambulância! – o líder saiu correndo até a sala, pegando o telefone e ligando para a emergência.

_ O que vocês estão fazendo aqui? – questionou o ruivo, saindo da cozinha.

_ Mas... você... – afastou o fone do ouvido, deixando a atendente do outro lado chamando por ele. Jack estava atônito demais para falar qualquer coisa.

_ Esqueci de colocar algumas coisas na mala, então voltei para arrumar. – aproximou um passo, fazendo o líder se afastar de encontro à parede.

_ Você está morto! – gritou, apontando um dedo para o guitarrista – Seu corpo está no quarto, eu vi! – não estava ficando louco, não estava.

_ Calma, Jack... você deve estar vendo coisas e...

Asamura não conseguiu escutar o resto da frase, seu corpo pesou e sua vista escureceu, indo direto para o chão que nem uma jaca podre.

* * *


Acordou em um quarto extremamente branco e cheirando a álcool, o que só piorava o latejar em sua cabeça. Aos poucos um rosto foi entrando em foco, revelando olhos preocupados e em seguida viu um sorriso de alívio.

_ Jackie! – mal se apoiou nos cotovelos e seu corpo foi puxado para um abraço apertado, fazendo-o ficar mais zonzo – Finalmente acordou Ursinho! Já estava preocupado!

_ O que houve? – conseguiu perguntar ao se livrar do aperto, notando que estava em um hospital.

_ Você ia ligar para chamar uma ambulância, enquanto o Teruo e o Arachii colocavam o Tachii na cama, aí ouvimos você gritar. Quando eu e o Teruo chegamos na sala você tinha desmaiado.

_ E o Shiroyama? – saiu da cama cambaleante, sendo amparado pelo namorado – Ele machucou? Eu achei que tinha visto sangue...

Saíram da enfermaria, caminhando pelos corredores quase desertos, com Shibuya indicando o caminho.

_ O Tachii... ele... parece que o baú caiu na cabeça dele... ele está em coma... – e ao chegarem em determinado corredor, encontrou Izumi com uma expressão desolada, sendo confortado por Terushido.

Continua...

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