terça-feira, 16 de março de 2010

For my love

Fanfic feita especialmente para o White Day. Presente pra minha amora, porque ela merece isso e muito mais!

Participação especial: Aoi - The GazettE

 

Aquela mensagem era, no mínimo, estranha. Como assim: “Não venha para o ensaio. Siga as pistas”? O ruivo estava aprontando mais uma das suas. Mas precisava ser tão cedo?

Levantou-se da cama, espreguiçando enquanto caminhava até o banheiro. Tomou uma ducha rápida e fez sua higiene pessoal, voltou para o quarto e se vestiu, pegando a mochila que sempre levava para o ensaio, deixando-a na sala.

_ Ohayoo, primo! – Jin cumprimentou sorridente, tomando seu café da manhã – Tem lamen pronto.

_ Ohayoo! – sentou-se de frente para o mais alto, servindo-se e notando que ele ainda estava de pijama – Não vai para o ensaio, Jin-chan?

_ Não tem ensaio hoje. – respondeu simples.


_ Não?! – ergue a sobrancelha, duvidoso – O Jack ligou hoje de manhã para avisar?

_ Ele falou pra gente ontem, Arachii. – deu de ombros.

_ Mas ele não me falou nada! – o que estava acontecendo ali?

_ Foi o Tachii quem pediu. – abriu um sorriso pequeno, despertando mais a curiosidade do menor.

_ O Takeo pediu pra não me avisar ou pra não ter ensaio hoje?

_ Os dois. – estava feliz consigo mesmo, seguia direitinho a orientação deixada pelo amigo.

_ Por quê? – ele sabia que o ruivo estava aprontando.

_ Pra fazer o primo acordar mais cedo! – sorriu abertamente, abrindo a mochila e tirando um envelope vermelho de dentro – Aqui! Tachii pediu pra te entregar assim que você acordasse.

Pegou o envelope, reconhecendo a caligrafia. Levou a mão ao lábio, beliscando nervosamente. Odiava ficar curioso e o ruivo sacana sabia disso.

_ Onde o Takeo está? – largou o café, rumando para a sala, pegando a mochila e jogando nos ombros.

_ Não sei. – andou atrás do vocalista, observando seus passos – Primo, você precisa seguir as pistas do envelope.

_ Certo... – ajeitou a mecha vermelha atrás da orelha, lançando um último olhar para o otaku – Você vai ficar por aqui?

_ Vou pra Akiba. – respondeu sorridente, fazia algum tempo que não andava por lá, devido ao excesso de trabalho da banda – Preciso comprar mangas.

_ A gente se vê mais tarde! – acenou, finalmente saindo do apartamento. O jeito mais rápido de descobrir o que estavam aprontando era encontrar o namorado e perguntar pessoalmente.

Sacou o celular, procurando o telefone do guitarrista, sendo atendido no primeiro toque.

_ Tachii, o primo está indo atrás de você. – contou divertido.

_ Ele foi para o estúdio ou para o meu apartamento? – questionou distraído, tinha muita coisa para arrumar naquele dia.

_ Ele só saiu correndo. Nem abriu o envelope.

_ Ótimo, assim eu ganho mais tempo! Fico te devendo essa Jin. Obrigado!

_ De nada! Se for deixar o primo feliz, eu ajudo! – despediram-se, ambos desligando o celular.

* * *

Ligou várias vezes para o namorado. Desde que saiu de casa até o metrô e de lá até a casa do ruivo. Chamava até cair na caixa de mensagens. Ele não atendia e não retornava a ligação.

Entrou no prédio correndo, apertando o botão para chamar o elevador, sendo parado pelo porteiro.

_ Com licença, Izumi-san. – o senhor aproximou-se, parando a sua frente, sorrindo amigavelmente – Shiroyama-san não está em casa, ele saiu bem cedo e ainda não voltou.

_ Sabe para onde ele foi? – voltou a beliscar o lábio, pensando se esperava ali ou se procurava em outro lugar.

E ainda havia o tal envelope... Jogara na mochila de qualquer jeito, decidido a ler depois.

_ Acredito que tenha ido trabalhar, já que levava a guitarra consigo. – fez uma pausa, encarando o jovem – Por que não liga pra ele e pergunta onde está? Pode usar o telefone da recepção. – ofereceu gentilmente.

_ Eu já tentei e ele não atende. – lançou um olhar para o elevador, decidindo ir embora.

_ Talvez ele esteja dirigindo. – ponderou antes de voltar para trás do balcão.

_ É verdade... melhor eu ir. Obrigado!

Alguma coisa ali estava errada. Takeo fingiu que ia trabalhar para não levantar suspeitas? O que ele estava aprontando dessa vez? Shibuya mesmo havia dito que o ensaio havia sido cancelado... O que o ruivo iria fazer no estúdio?

Parou um táxi que passava na porta do prédio, indicando o endereço do estúdio. O ruim é que se ele não estivesse lá, haveria outros lugares para procurar.

Pegou o interfone, ligando para um dos apartamentos.

_ Sim? – atendeu rapidamente, um sorriso enorme no rosto.

_ Ele acabou de sair daqui, Shiroyama-san. – alertou o senhor, sorrindo divertido – Parecia ansioso.

_ Imagino... – riu baixinho – Ele não tentou invadir o apartamento?

_ Não, senhor. Eu o parei na entrada do elevador.

_ Muito bem. E ele não falou para onde ia? – precisava seguir a risca os passos do namorado.

_ Eu comentei que o senhor tinha ido trabalhar. Ele pegou um táxi aqui na frente.

_ Certo. Obrigado pela ajuda! – desligou, agradecendo internamente por ainda não ter dado a cópia da chave para o namorado, senão a surpresa seria estragada.

* * *

Entrou no estúdio, ainda jogando pragas no ruivo. Passou pelos corredores, cumprimentando alguns conhecidos, mas sem parar para conversar com ninguém.

Chegou à sala da P”Saiko, encontrando-a completamente vazia, tudo no mesmo lugar que deixaram no dia anterior.

_ Onde ele pode estar? – olhou para os dois lados do corredor, pensando onde poderia procurar o namorado.

Decidiu olhar por todo o estúdio antes de ir para outro ponto da cidade. Passou na lanchonete, na sala de maquiagem, na sala de reuniões, no estúdio de gravação.

Nada!

Ninguém havia visto o guitarrista ruivo naquele dia.

Era melhor ir embora ou então procurar em outro lugar. Ligaria para o líder, quem sabe Takeo não contou o que faria? Jack não cancelaria o ensaio sem um bom motivo.

_ Arata-san? – chamou uma vozinha aguda e divertida – O que faz aqui há essa hora? Só deveria aparecer após o almoço!

_ Gensuke-san, sabe onde o Takeo está? – não pensou em procurar o estilista, já que o ruivo sempre fazia cara feia à menção do seu nome.

_ Claro que não, Ichigo-chan! Ninguém vai achá-lo hoje, exceto você!

_ Como assim? – era impossível que o estilista estivesse no meio de algo planejado pelo guitarrista.

_ Shibuya-kun não te entregou um envelope? – recebeu um aceno positivo antes de continuar – Você precisa ler as instruções e procurar as outras pistas.

_ Você também está participando dessa brincadeira? – questionou incrédulo.

_ Vá seguir as pistas! Você é muito curioso! Eu não sei de nada! – riu baixinho.

_ Se não tenho outra opção... – abriu a mochila, pegando o envelope.

_ Claro que tem! Volte para casa e fique por lá o dia todo. Estrague a surpresa e deixe o ruivo na mão.

Ergueu a sobrancelha, atônito. Ele estava chantageando-o?

_ Ok, ok, entendi. Nada de deixar o ruivo esperando, se não quiser vê-lo chateado comigo. – suspirou fundo, abrindo o envelope e caminhando para o elevador.

_ Tenha um bom dia! – acenou, vendo o elevador fechar e descer – E uma boa caça ao tesouro.

* * *

A primeira pista mandava ir para o lugar que menos gostava na cidade. Mas a dúvida era: o lugar que Takeo não gostava de ir ou ele próprio?

Se fosse pela opinião do namorado, voltaria para o apartamento de Shibuya ou procuraria um canil. Ou quem sabe não iria pra Akihabara? Suspeito, já que o primo havia ido pra lá... De qualquer modo, as opções pareciam absurdas e estavam fora de cogitação.

Então era onde ele mesmo não gostava de ir, ou seja, a Torre de Tóquio. Era linda, mas absurdamente alta. E o ruivo sacana gostava de lá.

Dentro do envelope também havia passes para o ônibus. De metrô chegaria mais rápido, mas já que entrara na brincadeira, faria do jeito que pediam, seja lá o que iria acontecer depois.

Foi para o ponto em frente ao estúdio, esperando o próximo ônibus passar, o que levaria algum tempo. Ficou divagando o que levara o namorado a preparar a brincadeira, mas era o ruivo, não precisava de motivos para zuar ou pegar no pé de alguém. Fazia pelo simples fato de se divertir à custa de alguém. Só odiava que o alvo fosse ele.

Talvez não fosse de todo mal. Afinal, ele não faria nada que pudesse magoá-lo ou deixá-lo irritado. Quem sabe, no final, gostasse da brincadeira?

Perdido em pensamentos, agradeceu quando o ônibus chegou, entrando e escolhendo um banco ao fundo do automóvel.

* * *

Respirou fundo enquanto entrava no elevador e apertava o botão para o andar da lanchonete. Era só não chegar perto das janelas e nem olhar pra baixo.

Mais de cinco minutos depois e a caixa metálica reabria suas portas. Agora precisava procurar algum conhecido.

Olhou para os atendentes, ninguém que já houvesse visto antes. Havia jovens lanchando por ali, tirando fotos e rindo sem parar. Não era nenhum deles. Continuou olhando ao redor, até suas vistas caírem numa figura sentada de costas para a entrada. Estava sozinho, tinha cabelos pretos muito compridos e várias tatuagens em seus braços.

Aquele não era...

_ Jack? – chamou baixinho ao se aproximar da mesa onde ele estava – O que faz aqui?

Comprando carne”, foi a resposta ácida que veio à ponta da língua, mas se conteve.

_ Está atrasado! – comentou, apontando para a cadeira a frente da sua, esperando-o sentar.

_ Como o Takeo te convenceu a participar de algo que ele inventou?

_ Estou fazendo um favor pra ele, então trate de cooperar. – sorriu de canto, imaginando o que ganharia em troca – Você deveria entrar pulando.

_ Não mesmo! – corou um pouco, imaginando os absurdos que enfrentaria até o fim do dia.

_ Imaginei que não faria. – acenou para um atendente, pedindo o “café da manhã especial” – Seu namorado tem cada idéia...

_ Não estou com fome. – o que queria era sair dali o mais rápido possível.

_ Faz parte do que o Shiroyama exigiu. – suspirou frustrado, continuando após o vocalista ser servido por bolo de morango e chá gelado – Ao longo do dia, algumas pessoas vão entrar em contato com você, para te entregar envelopes com pistas de onde seu namorado está.

_ Então vou ter que voltar ao estúdio mais tarde? – perguntou desgostoso.

_ Teria ganhado tempo se tivesse seguido as pistas desde que acordou. Estou aqui há quase duas horas te esperando. – apesar da seriedade em sua voz, ele não parecia estar realmente nervoso.

_ Ah, não sabia. Sinto muito! – fez uma pequena reverência, torcendo para que o baterista não ficasse mal-humorado a ponto de descontar nos ensaios – Então... Você me entrega o envelope e pode ir descansar.

_ Ainda tenho mais uma coisa pra explicar. – fez uma pausa, tomando o último gole do seu café – Todos os envelopes possuem algo que você deve fazer para seguir em frente. Precauções para você não passar por cima do planejado.

_ Entendi. – acenou concordando – Mas... nada. Posso ir? – queria perguntar como o ruivo persuadira o líder, mas isso podia esperar.

_ Aqui. – tirou um envelope azul da mochila jogada na outra cadeira – Melhor se apressar.

_ Obrigado! – levantou-se, abrindo o envelope e correndo para o elevador novamente.

Pegou o celular, ligando para o guitarrista, sendo rapidamente atendido.

_ Deu certo? – estava tão animado que não desgrudava do aparelho, esperando as informações do paradeiro de Hayato.

_ Se testar minha paciência pelo próximo mês, eu te espanco até entrar em coma! – foi a resposta sádica de Jack, agradecendo pelo tempo de paz que teria.

_ Valeu, Jackie! Vai ficar um mês sem ouvir uma piada minha, prometo!

_ Espero mesmo... – pegou a mochila, saindo da torre.

_ Comprou os marshmallows? – riu baixinho, imaginando o líder corando só pela menção que iria dar um presente para o namorado.

_ Vou fazer isso agora! – desligou rapidamente, escondendo o rosto com o cabelo.

* * *

Havia chegado ao parque Ueno há uns quarenta minutos, mas não tivera coragem de fazer o que fora pedido.

Torcia para que a pessoa portadora do envelope se cansasse de esperar e viesse falar consigo, para que pudesse continuar procurando o ruivo.

Infelizmente a pessoa parecia ter uma paciência enorme. Ou talvez, também estivesse se divertido às suas custas.

Por que ele tinha que correr atrás de pombos? Não podia só comprar pipoca para alimentá-los?

Ficou beliscando o lábio, enquanto olhava as pessoas ao redor. Devia ter algum conhecido de Takeo por ali, mas quem?

Não tinha certeza se conhecia todos os amigos do namorado, que ele insistia em chamar de conhecidos, por medo de se apegar demais e depois ter que abrir mão, mas ninguém ali parecia notá-lo ou se importar.

Ele tinha cada idéia... Se aquilo era uma surpresa planejada pra si, só podia afirmar que o ruivo sempre o deixava completamente abismado. Não era mais simples comprar flores ou chocolate? Ou alguma lembrancinha qualquer? Não seria tão surpreendente, mas já seria marcante.

Mas era Takeo, não é? Ele fazia as coisas a sua maneira. Mesmo que parecesse louco ou estranho na maior parte do tempo.

_ O que está fazendo aqui, Izumi-san? – um homem alto e moreno, de óculos escuros, sentou ao lado do vocalista, sem encará-lo, no entanto.

_ Ahn? – teve seus pensamentos cortados, virando-se para encarar o recém-chegado – A-Aoi-san?

_ Eu não vou exigir isso de você... – indicou os pombos com a cabeça, virando para encará-lo, com um sorriso enorme no rosto – Takeo faz brincadeiras estranhas, mas ele sempre tem algum objetivo por trás. Acho que ele queria que você se divertisse hoje. – tirou um envelope verde do bolso da jaqueta, estendendo em seguida.

Hayato apenas acenou concordando. Como ele convenceu o irmão a participar dessa brincadeira? O ruivo sabia que ele era fã, e mesmo encontrando-o poucas vezes, era surpreendente. Não conseguia tratá-lo como simples cunhado.

_ Pegue. – balançou o envelope – Você ainda precisa encontrar outras pessoas.

_ Ah, claro! – acordou de seu quase transe, sorrindo e pegando o envelope – Obrigado! – fez uma pequena reverência, abrindo o envelope e começando a ler.

Distraiu-se, mas não a ponto de não perceber o movimento ao seu lado, sendo deixado sozinho no parque.

* * *

Já conhecia aquele ambiente devido à quantidade de vezes que fora ali. Poucas coisas haviam mudado como o papel de parede, alguns quadros pendurados nelas e os funcionários. Não que se lembrasse de todos.

O Cyber Café era bem aconchegante de manhã, diferente do ar de sedução que baixava a noite.

Andou até o balcão, procurando alguém que lhe parecesse familiar. Bom, o rapaz que o atendera alguns anos atrás ainda trabalhava ali, ou parecia muito com ele.

_ Com licença... – chamou sua atenção, meio receoso – Eu... gostaria de tocar piano.

_ Piano? – ergueu a sobrancelha, deixando Izumi mais receoso e desconcertado – Só um instante – pediu enquanto se afastava e abria a porta dos fundos – Mizuki! Estão te procurando!

Minutos depois uma garota irrompeu pela porta, com um sorriso de orelha a orelha, segurando um envelope tão rosa quanto seus cabelos presos em um rabo de cavalo.

_ I-ZU-MI-CHAN! – correu até o moreninho, abraçando-o apertado, como se fosse um velho conhecido. Puxou-o pela mão, saltitando em direção ao piano – Shiro-kun me disse que você toca e eu quero ouvir! Senão, nada de surpresa!

Se ele não soubesse, diria que era parente do seu namorado. Sentou ao piano e começou a dedilhar algumas notas, vendo o sorriso da moça aumentar. Pelo menos, ali estava fazendo algo que gostava muito, ao invés de deixá-lo constrangido. Exceto por ter pedido pra fazê-lo.

* * *

Terminou de comer o lanche, pegando o envelope em cima do balcão e despedindo-se.

Ainda mantinha um sorriso animado no rosto, causado pela garota que não parava de falar um segundo, lembrando um pouco de si mesmo quando estava nervoso.

E finalmente a penúltima pista, pelo que o próprio envelope indicava, e como previsto o levaria de volta para o estúdio. Pelo menos já sabia quem deveria procurar, pois Gensuke-san deixou esse detalhe escapar.

Caminhou até o metrô, pegando o trem-bala que o levaria de volta para o estúdio. Havia desistido de ligar para o namorado, mas continuaria seguindo as tais pistas para encontrá-lo mais tarde.

Tanto Aoi-san quanto Mizuki haviam dito que Takeo gostava de demonstrar o que sentia de uma maneira diferente. Isso o tranqüilizara, pois podia esperar uma brincadeira dele, mas agora sabia que o que viria era algo especial.

Subiu pelo elevador até o andar do estilista, caminhando rapidamente pelo corredor, parando em frente à porta.

Respirou fundo, abrindo-a e entrando na sala, que sempre tinha uma decoração diferente, talvez para inspirá-lo ou simplesmente para mudar o ambiente.

_ Onde o G-san está? – aproximou-se da mesa, questionando para ninguém em particular.

_ O chefinho foi embora, Arata-san. – respondeu um dos ajudantes do estilista – Saiu faz quase uma hora.

_ Ah, não! – e agora? Ficaria sem sua pista! Mas não desistiria logo no final, não podia fazer isso – Onde ele mora? Eu preciso falar com ele, é urgente!

_ Sinto muito, Arata-san, mas ele viajou, não vai encontrá-lo em casa. – respondeu outro ajudante – Terá que esperar ele voltar, daqui uma semana.

_ Uma semana?! – quase gritou, assustando os presentes – Mas eu preciso falar com ele agora! – beliscou os lábios, procurando outra saída – O celular! Vocês tem o número dele? – era sua última esperança.

_ Er... o celular dele ficou aqui... – um rapaz respondeu receoso – Para o caso de alguém do estúdio ligar precisando de alguma roupa com urgência... A gente não pode resolver o seu problema?

_ Não... precisava falar somente com ele... – baixou a cabeça, tentando procurar outra saída, mas teve seus pensamentos cortados.

_ Arata-san? – chamou a única moça que trabalhava por ali – Eu sei que não é da minha conta, mas você não deveria pegar uns envelopes coloridos com Jack-san e Teruo-san?

_ Sim, eu já peguei com... o Teruo?! – pensando bem, o bilhete não falava para ir até o estilista, pedia apenas para ir ao estúdio.

_ Isso... eu vi Takeo-san entregando pra eles ontem, dizendo que era uma surpresa pra você... Desculpa por intrometer...

_ Não! Sem problemas! Ajudou muito, obrigado! – sorriu, correndo para a sala dedicada à sua banda.

Realmente era pedir um milagre ver Takeo se envolver com o estilista. Mas então, como explicar que Gensuke sabia das cartas? Credo... será que todos os estilistas eram fofoqueiros?

Negou com a cabeça, fazendo uma nota mental que deveria manter o namoro bem escondido por ali. Muita gente já sabia mais do que o suficiente.

Entrou impetuosamente pela sala, encontrando o guitarrista moreno sentando em um dos sofás, dedilhando sua guitarra.

_ O envelope! – apontou para o mesmo, jogado sobre a mesa, tendo o olhar de Teruo sobre si.

_ Todo seu. – sorriu de canto, voltando sua atenção para o instrumento em seu colo.

_ Não tenho que fazer nada estranho, tenho? – aproximou-se mais calmamente, ainda tentando recuperar o fôlego.

_ Devia internar seu namorado. – zombou, rindo baixinho – Não seria nem um pouco estranho.

_ Se ele não tiver uma boa explicação pra isso, sou capaz de interná-lo mesmo. – pegou o envelope, sentando no outro sofá para lê-lo.

Finalmente, a última pista.

* * *

Durante o percurso do metrô até a casa do ruivo repassou todos os acontecimentos do dia, notando que realmente não fora de todo ruim. Descobrira poucas coisas que não sabia sobre ele, mas não deixava de ser importante. Eram detalhes do passado, afinal de contas.

E nenhum dos integrantes da banda gostava de falar sobre isso, além do necessário. Todos tinham algo a esconder ou que desejavam enterrar.

Passou correndo pela portaria, dessa vez não deixaria que o parassem ali. Pegou o elevador subindo até o décimo quinto andar, chegando rapidamente.

Bateu à porta, ouvindo passos do outro lado e a fechadura sendo destrancada, dando de cara com o ruivo, que sustentava um sorriso enorme.

_ Okaeri, koi-chan! – foi recebido por um abraço caloroso, correspondendo prontamente – Cansado?

Takeo depositou um selinho em seus lábios, entrelaçando seus dedos aos do menor, puxando-o para dentro do apartamento.

_ Imagina, koi... Você só me fez andar pela cidade inteira. – tentou ser o mais irônico possível, não conseguindo ficar bravo com o outro por muito tempo, rindo e enlaçando sua cintura.

_ Exagerado! Está convivendo demais comigo! – arrastou-o até o sofá, abraçando-o contra si – Pense pelo lado bom, foi por uma boa causa.

_ E qual será ela? Por que até agora não sei o motivo de ficar correndo pra todo lado. – fez um bico enorme, tentando chantagear.

_ Um dos motivos era te manter ocupado a maior parte do dia. – sorriu, cutucando a bochecha do outro.

_ Não era melhor só falar que ia sair? Assim eu nem te procuraria. – ergueu a sobrancelha.

_ E perder a chance de te deixar curioso? Não mesmo! – riu da cara indignada do moreninho.

_ Sádico! – empurrou-o com o ombro – Me conta, vai? O que estava aprontando?

_ Não sabe que dia é hoje? – sussurrou em seu ouvido, apertando o abraço.

_ Hum? Não me lembro de nada importante pra hoje... – olhou para um ponto qualquer, tentando puxar algo em sua memória. Será que esquecera alguma data especial? – Aniversário de namoro?! – chutou, mesmo sem ter muita certeza.

_ Não, koi! – beijou seu rosto, afastando-se e levantando do sofá – Vem comigo!

O ruivo foi a frente, caminhando até a cozinha, abrindo a geladeira e tirando de lá um embrulho de tamanho médio, todo envolvido em papel de presente branco com um belo laço.

_ Feliz White Day! – estendeu o presente, recebendo um sorriso fofo do menor.

O pacote continha uma caixa com vários chocolates brancos em formato de coração, todos recheados com calda de morango. Tivera um pouco de trabalho para fazê-los, mas no final valeria a pena.

_ Obrigado! – abraçou-o, roubando um beijo – Eu tinha mesmo esquecido!

_ Eu que agradeço por poder comemorar com você! – colou seus lábios aos do menor, num beijo lento e doce.

 

Amoraaaaaa você merece *—*
Espero que tenha gostado x33
Aguardem por mais fics mel com açúcar XD~

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