quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Capítulo 4: Faça o que eu falo...

Notas do Autor:
Pra quem perguntou se eu tinha capítulo ou fic pra postar... eu menti TOT
Capítulo guardado pra época de falta de idéias >D
*precavida, oi*
Mesmo a Nii estando de férias, a fic ainda é pra ela. Espero que goste! *afofa*


_ Eu vou matar esse infeliz! Ele vai desejar nunca ter nascido! – foram necessários três enfermeiros para conseguirem colocar uma camisa de força em Asamura, que agora era arrastado a força para fora do quarto de hospital – Eu não sou louco! Não podem fazer isso comigo!


_ Infelizmente teremos que interná-lo. – anunciou o médico para os outros três músicos, que olhavam a cena de queixo caído – Ele simplesmente invadiu o quarto e tentou matar o outro rapaz.

_ Se não tem outra saída... – o guitarrista pegou um cigarro e levou à boca, precisava de nicotina, muita nicotina, mas o médico pegou o cilindro para si, amassando e apontando para uma placa de “Proibido fumar”.

_ Jackie, eu vou te visitar... – o baixista choramingou, acenando para o namorado.

_ Pobre Jack... Tão novinho... – o vocalista apenas olhava penalizado.


* * *


_ Vai mais, não quis me ajudar. Agora vai ficar preso! – como uma boa assombração devia fazer, Takeo acompanhou Ryuutarou durante sua internação.

_ Some daqui, assombração!

_ Eu preciso que você me ajude, não posso morrer e deixar assuntos pendentes.

_ Você só está em coma, infeliz!

_ Claro, vai que dá próxima vez você consegue terminar o serviço? Preciso me precaver.

_ Ah tá... e eu posso fazer muito preso aqui, sua mula?

_ Bom, se continuar falando sozinho, vai poder menos ainda. – apontou para todos os internos que olhavam pra ele.

Jack ficou quietinho no seu canto, fuzilando a todos com o olhar.


* * *


_ Você venceu... eu te ajudo. – suspirou fundo, jogando-se na cama de cara no travesseiro – Mas me deixa dormir... só um pouco... – sua voz, mesmo abafada, soou pedinte.

Takeo voltara a cantar as músicas do elefantinho e dos indiozinhos, mostrando que conseguia desafinar em qualquer dialeto de Mie.

_ Muito obrigado, Jackie! – reverenciou formalmente, afastando-se do líder – Vamos fazer um trato, você descansa hoje e amanhã nós começamos a resolver todos os assuntos que eu tenho pendente. Acho que conseguimos terminar tudo antes do jantar.

_ Só temos um problema gênio...

_ Qual? – ergueu a sobrancelha, prestando atenção.

_ Eu não posso te ajudar se continuar preso aqui.

_ Ah, isso. – sorriu maroto – Não se preocupe, vou pedir pro Hayato tirar você daqui!

_ Como? – virou o rosto, achando que o ruivo também não estava muito bom das idéias – Ele não te escuta e não te vê, como vai falar com ele?

_ Sonhos, oras. – deu de ombros, como se aquilo fosse normal – Não se preocupe, Jackie! Amanhã você será um homem livre!

_ Menos mal... – resmungou, sentindo-se exausto – Agora me deixa dormir... só aparece aqui amanhã.

_ Sim, senhor! – bateu continência, saindo do quarto.

_ Paz... – respirou fundo, sorrindo e deixando-se embalar pelo sono.

_ Mas eu volto, Jackie! Pode me aguardar! – sobressaltou o menor, vendo-o erguer a cabeça e encará-lo mortalmente, mal se agüentando de olhos abertos – Ok, já entendi, estou indo!


* * *


_ O que você quer fazer primeiro? – Asamura estava novamente instalado em seu apartamento, aliviado por sair daquele lugar.

_ Você vai ligar pra minha mãe e dizer que eu amo ela! – sorriu como uma criança feliz.

_ Sua mãe vai enfartar. – ponderou sabiamente, pegando o telefone e começando a discar. Se acontecesse algo com a mulher a culpa definitivamente não seria sua – Ela sabe que você está em coma? – questionou enquanto o telefone chamava.

_ Vocês não avisaram?! – gritou em seu ouvido, fazendo-o pular no lugar – Desliga isso agora!

_ Eu não avisei, agora se o Arata-san contou pra ela, não comentou com ninguém. – deu de ombros, desinteressado.

_ Você é o líder! Isso é trabalho seu! – bagunçou os cabelos, andando em círculos – Ok, isso vai ter que esperar. Vamos para a segunda tarefa.


* * *


Entregar a coleção de mangas pro Shibuya foi fácil. Ele ficou tão feliz que até ignorou a presença do namorado, indo se deitar num dos sofás pra ler tudo.

Agora estava tentando fazer a parte difícil. Ele e Izumi estavam sentados um em frente ao outro, e era impossível dizer qual deles estava mais vermelho. Takeo exigira que ele fizesse, em seu nome, uma confissão de amor.

O ruivo sentou-se atrás de Jack, de modo a ficar de frente para o namorado, e pediu que o baterista repetisse tudo que ele dissesse.

E, até dizendo coisas fofas, Asamura parecia extremamente assustador aos olhos do vocalista. Só seu primo mesmo para achar o líder parecido com um ursinho ou qualquer outra coisa apertável.

Era bizarro!

_ Pega a mão dele e diz que eu amo ele muito! – sorriu de modo carinhoso, enquanto Ryuutarou corava fortemente, tentando esconder o rosto com o cabelo – Vai, Jackie!

_ É... ele... o... – Takeo tentou dar um tapa em suas costas para fazê-lo desengasgar, mas passou direto por seu corpo, fazendo com que Jack se arrepiasse. A sensação era horrível!

_ Fala direito! – ralhou encarando-o de frente – Até parece que você não fala isso pro seu namorado!

_Você acha que é fácil pegar na mão do seu namorado e dizer que eu amo ele?! – tapou a boca depressa, o rosto esquentando fortemente e sentindo uma vontade súbita de enfiar a cara em qualquer buraco próximo.

Hayato não estava diferente. Não sabia se acredita que o ruivo estava fazendo um pedido daqueles ou se o líder estava mais louco do que quando fora internado. Era simplesmente ilógico e surreal ver o líder se declarando, ainda mais para si, mesmo que em nome do amante.

_ HÁ! Viu, nem doeu! Mas seja mais carinhoso com ele! E não é você que ama ele, sou eu. – voltou a se sentar – Agora, repita comigo: O Takeo pediu pra dizer que ama você do fundo do coração dele!

_ Não posso escrever ou desenhar? – sentou-se abaixando a cabeça e apoiando-a nos joelhos. Aquilo era tortura!

_ Já sei! Neh, Jackie... – ajoelhou a sua frente e encarou-o pedinte – Posso usar seu corpo pra dar um beijo nele?

Asamura arregalou os olhos, abriu e fechou a boca várias vezes, não encontrando as palavras certas para responder àquele pedido. Levantou de supetão e berrou, sobressaltando o namorado e o vocalista:

_ VOCÊ NÃO VAI USAR MEU CORPO NEM SE ME DER TODO O SORVETE DO MUNDO, SHIROYAMA! TÁ ACHANDO QUE EU SOU PAI-DE-SANTO? – saiu batendo a porta do apartamento, sem parar de berrar com o outro pelos corredores – USAR MEU CORPO? TENHO CARA DE PROSTITUTA?


* * *


_ Eu não vou fazer isso! – resmungou parado em frente à porta do apartamento.

E lá estavam eles, novamente, tentando resolver mais uma pendência do ruivo, que não era tão pendência assim.

_ Claro que vai! Você não quer me ouvir cantar de novo, quer? – chantageou descaradamente.

_ Não, mas ele pode mandar me internar novamente!

_ O Teruo não vai fazer isso, no máximo vai te bater e começar a fumar feito louco!

_ Você quer que a gente se... – mas parou de falar ao ver a porta a sua frente se abrir.

Jack e Teruo ficaram se encarando um instante, até que Jack abriu um sorriso amarelo e o mais velho abriu passagem para o baterista entrar, revirando os olhos e resmungando.

Enquanto Asamura ia se sentar no sofá, Teruo voltou da cozinha com duas latinhas de cerveja, entregando uma para o mais novo, em seguida se jogou no outro assento.

_ Então... qual a pendência comigo, chibi? – acendeu um cigarro, respirando fundo.

_ Como sabe que vim pra isso? – ergueu a sobrancelha estranhando.

_ O Ichigo-chan ligou avisando que você poderia passar aqui.

_ Não chama meu namorado assim! – caminhou até perto do guitarrista moreno, começando a chutá-lo.

_ Por que continua fazendo isso, se sabe que vai ultrapassar? – virou-se para o ruivo, realmente curioso.

_ Eu não posso fazer isso de verdade, porque ele ia tentar me matar. – abriu um sorriso enorme, continuando a chutá-lo.

_ Chibi... – Yura alertou o menor, erguendo a sobrancelha em sinal de desaprovação.

_ Shiroyama está te chutando por chamar o Izumi de morango. – não iam acreditar nele mesmo, uma loucura a mais outra a menos não faria diferença. Até ele próprio já estava duvidando de sua sanidade.

_ Aham... pra mim você está possuído. – sorriu de canto, vendo o outro ficar vermelho, não sabia se de raiva ou vergonha – Sai desse corpo que não te pertence! – e benzeu o baterista, caindo na risada.

Jack deu um tapa na própria testa, tentando imaginar como fora parar no meio dessa idiotice.

Notas Finais:
O próximo já é o último ;-; (se eu não mudar de idéia, é claro)

Espero que estejam gostando, pois foi muito divertido escrever essa história o/

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