segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Até que o encanto das fadas-madrinhas acabe...

Querem saber da verdade? Dividir um carro com Shiroyama no volante era o mesmo que cometer suicídio.

Ryuutarou se perguntava como ele havia concordado com aquela história. Até meia-hora atrás ele estava vestido de Cinderella, com a perna engessada e tomando vodka na escadaria da escola.

Agora ele estava enfiado nas roupas de Arata (que, apesar do que o garoto imaginava, haviam ficado bem em si), no banco de trás de um sedã, ouvindo música alta enquanto o ruivo maluco dirigia em direção à Tokyo.

Recapitulando:

Pela manhã a idéia de ir até a festa de formatura nem ao menos lhe passava pela cabeça. Porém, como sua sorte é uma coisa desgraçadamente ridícula, Takeo e Arata invadiram sua casa (sob as ordens de seu irmão) com uma fantasia bizarra.

O vestido azul da Cinderella.

Tudo perfeitamente normal, se eles não avisassem que seu par seria o capitão do time de judô.

Yamamoto era bonito, inteligente, com um belo sorriso e era absurdamente galinha. Havia o buscado em casa, mas assim que pisaram naquela porcaria de escola ele havia sumido.

Para logo depois Ryuutarou começar a enxer a cara e ser abordado por seus amigos, com uma idéia absurda que o levara a se trocar no vestiário feminino e embarcar com eles no carro do pai de Takeo.

Carro pego emprestado sem aviar, nas palavras do infeliz.

-Eu vou morrer. Meu pai vai me matar... - resmungou, afundando o rosto entre as mãos, lamentando a própria sorte.

-Vai morrer nada, Jackie! - a voz animada de Shiroyama arrancou um rosnado de si. - Quando chegarmos lá vamos nos encontrar com o primo do Hayato! Ele vai nos levar até alguns lugares.

-Se for aquele otaku de quem Izumi sempre fala, tudo que vamos fazer é visitar Harajuku. - respondeu com um tom sardonico, rindo de canto.

-Não fale assim do primo Jin! - Arata virou-se para trás, encarando Asamura com as sobrancelhas franzidas. - Ele é uma boa pessoa, apesar de tudo.

É, deve ser uma boa pessoa mesmo, para acolher em sua casa três estudantes fugidos.

Olhou no relógio. Quinze para as nove.

Bem, ele tinha até as quatro da manhã para o encanto se desfazer, de qualquer forma.

 

Continua... 8D
Ou não.

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