segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

The Other Side–Capítulo 2

Notas Iniciais:
Neh, as mesmas notas do capítulo anterior, só acrescento que não sou a favor de maus tratos, mas err... foi necessário pro andamento da história.
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2ª parte... As coisas começam a se complicar...

– TOS: Capitulo 2

“Okey... Agora sim estou com uma aparência decente”. Sorriu diante o espelho enquanto ajeitava o cabelo, colocando a mecha de vermelho intenso para o lado.

Seu sorriso se alargou ao fitar bem mais o objeto.

“Acho que agora posso aproveitar bem...”, lambeu os lábios e desviou os olhos para as roupas que estava vestindo. “Essa roupa tão sexy, perfeita, largada no fundo do armário... Tsc tsc tsc...”, suas mãos percorreram a calça justa e negra, que definia bem os contornos de seu corpo, a blusa cavada vinho, com uma sobreposta preta de tela e a jaqueta de couro.

Shorts, calças coladas e outras roupas, geralmente eram usadas nos lives, mas não faria mal algum ser sexy fora dos palcos. Sexy e outras coisas mais.

Seus olhos se voltaram para o espelho, e um sorriso de lado adornou os lábios.

“Se tudo correr tão bem, espelho... Amanhã te devolvo. Afinal, porque vou querer ficar com uma coisa tão... Bizarra, não é mesmo? E... perigosa?!”. Pegou uma mecha do cabelo e brincou com ela entre os dedos. “O mal das pessoas é não ouvir os amigos queridos...”. Piscou para sua imagem e virou-se em direção a porta.

O vocalista, que atualmente pintara os cabelos de preto com várias mechas em tom de vermelho intenso, nem chegou a dar dois passos quando retrocedeu e, novamente, parou em frente ao objeto.

“Espero que tenha uma maravilhosa estadia por ai, Izumi Hayato. Porque com certeza estarei aproveitando muito bem o dia de hoje que você programou com seu maravilhoso namoradinho, enquanto você meu caro, se preocupa em não ser devorado pelos meus... companheiros ai dentro, hehe”.

Voltou-se em direção a porta do quarto, saindo do mesmo rapidamente.

Dentro do espelho, Arata - o verdadeiro -, batia de encontro ao vidro em vão.

“Argh, sério, detesto essa parte...”, reclamava baixo enquanto terminava de fazer uma omelete.

Estava tão distraído, colocando a comida em um prato que nem percebeu quando Trevas adentrou a cozinha e veio lhe cheirar. A cadela instantaneamente começou a rosnar em direção a Arata, latindo de forma irritante.

“Putzz só me faltava essa! Esse saco de pulgas irritante ficar atrapalhando”. Torceu os lábios em visível desgosto e logo tentou enxotar o animal para longe.

O que ele não esperava era a mordida que recebeu na canela.

“Vadia!”, xingou furioso, baixo, e sem pensar duas vezes, chutou o animal para longe.

Um ganido pode ser ouvido pelo apartamento e em seguida, Trevas corria em desespero para o quarto de seu dono.

“O que aconteceu, Arachii?!”. Jin surgiu pela porta da cozinha, com os olhos arregalados. “Ouvi Trevas gritar, e ele invadiu meu quarto se escondendo dentro do armário”. Estava de pijamas e cabelo completamente bagunçado.

Arata que ainda praguejava pela mordida em sua canela, buscou apresentar uma feição de ‘completamente desentendido’. Não seria bom, dizer: ‘Hey otário, chutei a vadia da sua cadela porque ela me mordeu!’.

“Não sei primo. A doida da sua cadela do nada deu um ganido e saiu correndo. Vai saber neh”.

Jin que antes estava preocupado com a reação de seu adorado Trevas, franziu o cenho diante das palavras do primo.

“Arachii, Trevas é macho, você sabe disso...”.

O vocalista olhou para o outro por alguns segundos e depois estourou em gargalhadas...

“Ok ok... e Plutão ainda continua sendo um planeta, Jack é uma linda mulher, você é o Robô 009, eu sou Akanishi Reiko, aquela atriz pornô que faz de tudo, e a falta de um pênis na Trevas é algo perfeitamente normal... Sei...”. Riu mais um pouco ignorando a cara do primoenquanto passava por ele, indo em direção à sala.

“Hayato...”. Jin nem pode falar nada, o primo o cortou.

“Conversamos depois. Perdi a fome e ainda tenho coisas pra fazer antes de encontrar o Shiroyama. Até amanhã!”.

Algo estava completamente estranho. Muito estranho. Era o que Ikeuchi Jin pensava.

– SOT –

“ALGUÉM... ME TIREM DAQUI!!! PRECISO SAIR DAQUI!!! JIN!!!”. Batia em desespero de encontro ao vidro.

“Hey doçura... que tal você vir se divertir com a gente?”. Uma voz conhecida lhe chamou atenção, fazendo com que parasse de bater, e voltasse o olhar para trás.

“Teruo?”. O rosto que pode distinguir entre as sombras parecia ser o do seu amigo, mas algo estava estranho. Deu um passo para o lado, se afastando um pouco.

“Humm... Não, mas estou prontinho para ser. Ele foi mais esperto e manteve distancia, ao contrário de você...”. Um sorriso maldoso adornou os lábios do homem. “Mas posso te apresentar partes do seu amigo que você ainda não conhece, o que acha, doçurinha?”. Lambeu os lábios ao olhar o corpo do menor.

“NÃO! Não mesmo!”. Afastou-se mais ainda. Estava com medo. Principalmente da maldade que podia ver naqueles olhos.

“Hey menino, venha pra cá!”. Uma mão envolveu seu pulso tratando de puxa-lo para mais longe do outro.

“ME SOLTA!”. Sua voz estava alterada. Estava muito assustado para manter controle de suas reações.

“Calma, calma! Não vamos lhe fazer mal algum, estamos na mesma situação que você, ou pelo menos, em pior situação que você”. Comentou baixo uma moça que parecia ser estrangeira.

Arata olhou para aquele grupo de pessoas atrás da mulher notando os olhares entristecidos. Eram bem diferentes daquele que possuía o rosto do amigo.

“Desculpe, mas eu não sei o que fazer. Preciso sair daqui, mas não consigo quebrar aquele maldito espelho!”. Passou as mãos pelo rosto em desespero. “Aquela coisa, aquele maldito, está com meu namorado e meus amigos...”.

Cada um naquele grupo olhou para o rapaz com pesar. Sabiam bem o que aconteceria. Existia um prazo, e se dentro daquele prazo não ocorresse a troca... Ele seria mais um a permanecer ali. Pela eternidade.

“Vem, vamos nos afastar mais um pouco. É perigoso ficar por aqui”.

– TOS –

Estava se sentindo maravilhoso. Estar do lado de fora era agradável. Tão agradável que sua mente já tecia várias ideias para se ocupar durante a sua longa estadia. Enquanto aquele corpo aguentasse, iria aproveitar o máximo. E para que tudo saísse perfeitamente bem, teria que devolver aquele espelho até a noite do dia seguinte.

“Seria interessante se meus amigos conseguissem sair também”. O pensamento deixou nos lábios delineados um sorriso maldoso.

“Demorei muito, koi?”.

A voz que já lhe era conhecida, lhe tirou de alguns pensamentos obscuros, fazendo se voltar e encarar o outro homem.

“Não, nem um pouco. Aproveitei para apreciar o local”. Aproximou-se bem do ruivo, fitando-o intensamente.

“Roppongi é muito bonito mesmo”. Olhou o namorado de cima abaixo lambendo os lábios. “Sabe que adorei essa mudança? Se eu não conhecesse bem o seu corpo, nem teria lhe reconhecido”. Brincou, mas na verdade não reconheceu o namorado de primeira, isso o menor não precisava saber.

“Roppongi combina comigo”. Mordeu os lábios, as mãos indo parar sobre o peito do ruivo. “Hoje pretendo te mostrar muito mais coisas do meu corpo”. Disse baixo, bem próximo ao rosto do namorado.

O corpo de Takeo se arrepiou por completo pela promessa naquelas palavras, ainda mais por ver seu tranquilo namorado agindo de forma tão sensual.

“Pensei que era Tókyo que combinava mais...”. Lambeu os lábios, fitando os do namorado.

“Tókyo é Caos, combina sempre comigo. Roppongi é interessante, outra forma de combinação. E apesar de ser movimentado, aqui podemos curtir certas coisas”. Sorriu matreiro, se afastando do outro e começando a andar.

“Você hoje está diferente...”. Moveu-se, acompanhando o menor pelas ruas.

“É, hoje estou diferente. Hoje vou agir diferente, e espero que você aprecie isso, koi”. A voz era sensual, carregada de certo charme, enquanto andava ao lado do ruivo pelas ruas próximas a estação.

“É, acho que vou apreciar e muito”. Seus olhos recaíram sobre o bem moldado traseiro de Arata, que nem mesmo as blusas e a jaqueta – que era curta – tampava. “Vamos fazer o que agora?”.

O vocalista, em seu intimo, estava rindo da situação.

“Eu sei que vou apreciar muito, muito mesmo”. Pensou enquanto observava o ruivo pelo canto dos olhos.

“Estava pensando em cinema, restaurante, quarto de motel já previamente reservado... Algo do tipo. O que você acha?”. Parou já em frente ao cinema, fitando o maior.

“Por mim eu pulava cinema, restaurante, e ia correndo para o quarto!”.

Arata deu uma risada pela pressa do ruivo. “Se você soubesse o que está para enfrentar não ia querer justamente essa parte”. Pensou olhando o outro ainda com um sorriso nos lábios.

“Deixa de ser apressadinho, koi. Eu fiz uma programação e vamos segui-la a risca. Mas quero saber uma coisa...”. Se aproximou do corpo do outro, mais do que normalmente faziam quando estavam em publico.

O ruivo soltou um muxoxo diante as palavras do namorado, e a aproximação do corpo do mesmo, não ajudava a não pensar em pular a programação.

“Diga, koi. O que você quer saber enquanto fica atiçando minhas vontades?”. Segurou o menor pela cintura, puxando um pouco o corpo para si.

“Humm... Você hoje faria as minhas vontades, koi? Todas elas?”, seus dedos tocaram novamente o peito do ruivo, fazendo pequenos círculos, sobre o tecido da blusa negra. “Por favor?”. Sussurrou fitando intensamente os olhos do outro. Um perfeito golpe.

Takeo aspirou o perfume que se desprendia da pele do outro. Sentia-se tão envolvido que por mais que um sinal de alerta gritasse em seu cérebro, não pode segurar as palavras.

“Faço, koi... Todas elas...”. A excitação já crescendo.

“Isso é uma promessa hein, koi. E se bem me lembro você não quebra promessas...”. Roçou – bem sutilmente – os lábios de encontro aos do ruivo. Usaria de todas as suas armas para conseguir o que tinha em mente.

“Sim, uma promessa”. Sussurrou inebriado.

Arata alargou o sorriso e rapidamente se afastou do corpo do ruivo.

“Essa noite promete, ruivo...”. Mordeu o lábio, dando uma risadinha baixa, enquanto se afastava mais.

Takeo piscou os olhos, confuso. “Mas que diabos?!”, pensou.

Algumas pessoas que estavam transitando pelo local, as mais conservadoras, franziram o cenho diante a indiscrição dos dois rapazes. Ver casais expressarem afeto em publico já era algo deveras complicado, isso com relação a casais tradicionais. Agora imagina ver dois homens em pleno flerte...

Os mais liberais, geralmente sendo grupos de mulheres viciadas no gênero BL, Yaoi, estavam se deliciando. Afinal, dois homens lindos, flertando em frente a um cinema próximo a estação de metrô de Roppongi... Dariam tantas histórias. Se fossem mais atentas, iriam notar que eram dois integrantes de uma das bandas que mais estavam em ascensão no cenário musical do Japão.

“Hey... não é justo você vir aqui, me atiçar, e nem me dar um beijinho!”. Reclamou enquanto via Arata se afastar mais um pouco indicando a entrada do cinema.

“Depois te dou muito mais do que um simples beijinho, Shiroyama”, e piscou travesso. “Quem sabe no escurinho do cinema você receba mais atenção. Prometo não fazer piadas sobre o nome do filme¹, e o Jr., aham...”. Riu e se apressou a sair de perto.

Takeo estava estarrecido com a infame comparação, mas nem podia soltar as palavras que lhe vinha a mente. Estavam em publico. E ao pensar nisso, seus olhos percorreram o lugar notando alguns olhares sobre si mesmo e sobre o namorado que já estava bem à frente.

“Puta merda! Que não tenha nenhum jornalista por aqui, ou paparazzi!”. Pensou enquanto passava uma das mãos pelos cabelos avermelhados.

“Nossa, o jantar estava maravilhoso, koi!”, imprensara o corpo menor de encontro à parede do elevador do motel. Beijos cobriam parte da pela alva do pescoço de Arata.

“Humm... Que bom que você gostou...”, um gemido arrastado escapou os lábios do vocalista.

“Agora posso degustar melhor essa sobremesa aqui...”. Roçou o corpo de encontro ao de Arata, fazendo o outro sentir o quão rígido estava.

O elevador parou e o sinal indicando que a porta estava para abrir pode ser ouvido, fazendo com que o casal se afastasse minimamente.

Arata ajeitou a roupa rapidamente, tirando de dentro do bolso interno da jaqueta, o cartão-chave do quarto.

“Sabe koi, estou realmente surpreso com isso tudo”. Takeo ajeitou a calça. Estava tão excitado que o simples roçar do tecido contra seu membro confinado era doloroso.

“É? Quem sabe de agora em diante as coisas não mudem e você se surpreenda todos os dias?”. Sensualmente caminhava pelo corredor.

O ruivo ora olhava o belo traseiro que mantinha um leve gingado sensual, ora olhava para as luzes que faziam o local ficar quase em uma penumbra.

“Se todos os dias você estiver esse poço de pecado, irei sofrer com dolorosas ereções enquanto trabalhamos... ou terei um infarto”. Pararam em frente a uma porta.

“Prefiro você com dolorosas ereções. Infarto não tem graça, acaba com a brincadeira”. Olhou para o ruivo ao passar o cartão na porta e a mesma destrancar.

O vocalista entrou puxando o namorado rapidamente para dentro. Nem mesmo deu tempo para o ruivo observar o interior do quarto, quando mal fechou a porta já estava prensando o outro contra a parede beijando-o com uma intensidade de tirar o fôlego.

“Woowww”. Takeo encarava o menor, ofegando quando seus lábios se separaram. “Isso... Hayato...”. Lambeu os lábios, fitando ora os olhos do outro que estavam com uma lente vermelha, ora os lábios delineados que estavam inchados pelo ósculo trocado.

“Gostou, koi? Isso é uma prévia do que vai ter hoje e... lembre-se da sua promessa...”. Roçou a pélvis de encontro a de Takeo, fazendo-o sentir o quão duro também estava.

“Se gostei... ouso dizer que quero mais...”, suas mãos escorregaram da cintura de Arata até as nádegas por cima da calça.

“E você terá mais...”. Se afastou minimamente, mas puxou o namorado pela jaqueta. “Que tal olhar o quarto? Preparei tudo com antecedência, sabe...”.

Diante das palavras do namorado, Takeo desviara o olhar para o cômodo, notando pela primeira vez o mesmo. O tom do quarto era vermelho. Basicamente todo vermelho, tirando lógico, as paredes brancas.

Seus olhos depois de notarem as cortinas, recaíram sobre a enorme cama queen-size que realmente se destacava pelo tamanho e pelos lençóis – vermelho sangue. Ao lado da cama, em uma mesinha, podia notar várias coisas que provavelmente seu namorado havia arranjado.

“Humm... quarto da cor do pecado, balde de gelo com bebida, e... coisinhas interessantes para usarmos?”. Comentou animado observando uma bolsa negra, com algumas letras em prata. Estava curioso para saber o que tinha nela.

“Sim. Tudo para usarmos. Tudinho para satisfazer as minhas vontades, koi...”. Falou rouco, as unhas passando por sob o tecido da blusa de Takeo, arranhando a pele de seu abdômen.

O ruivo fitou o namorado e alargando o sorriso safado, deixou sua voz sair rouca...

“E o que estamos esperando?”.

Arata arranhou com um pouco mais de força a pele do outro.

“Você tirar a roupa e se deitar naquela cama... Todinho, somente, para mim?”.

– SOT –

Continua…

Notas Finais:
Notinha¹= Menção ao filme "As Aventuras de Tin-Tin", porque sério, como será a tradução do titulo do filme? XD

HAUHAUHAU E ai? Gostaram? E a outra capa da fic? rsrs

Está ai a 2ªparte da fic, e vocês podem notar que a mudança é grande, e que a coisa vai ficar tensa, neh?

"Mas Litha, o Arata vira e mexe ta sorrindo d+!" Te respondo que esse Arata... que podemos chamar de evil!Arata, quando sorri boa coisa não é, então... Deixe o moço sorrir, oras.

Espero poder postar o próximo capitulo ainda hoje. Se minha dor de cabeça deixar passar o que feito pro pc e arrumar, senão... Só de madrugada? *corre da Kika e cia* Pelo menos to escrevendo neh...rsrs

Então, até depois... E... Se não tiver comentários, acho que vou reter o ultimo capitulo até sei lá quando XD

Bjinss
Litha-chan

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