domingo, 25 de dezembro de 2011

Capítulo Único

Notas Inicias:
Fic escrita especialmente para o Natal, ficou simples, mas fofa.
Espero que gostem!
Feliz Natal!!!

Rocking X-mas
Capítulo Único

Fechou a porta da sala, andando alguns passos pelo corredor, parando em um canto e acendendo um cigarro, tragando-o com um suspirou profundo. Havia acabado de sair de uma longa reunião.

Ser líder, às vezes, tinha seu lado negativo, como ter que ficar ouvindo e acatando opiniões, decidir os mínimos detalhes de qualquer coisa relacionada à banda, ter seu tempo de descanso reduzido e dedicar a maior parte do seu dia ao trabalho. O pior de tudo era aguentar as brincadeiras dos colegas de trabalho. Mas por outro lado, era melhor ele resolver aquelas tarefas do que qualquer outro da banda, já que não confiava muito na opinião deles.

Entrou na sala reservada à P”Saiko, atraindo o olhar dos companheiros, que esperavam ansiosos para saber o motivo da reunião. Não entendeu porque todos não puderam participar daquela vez, já que a decisão final era do grupo.

Talvez os diretores e o produtor não quisessem uma sala cheia ou opiniões tão diversas sendo jogadas na mesa, todas de uma vez. Era melhor escutar aos poucos e a seguir decidir o melhor.

_ Qual a bomba dessa vez? – questionou o ruivo, olhando para a pasta nas mãos do baterista – Contrato novo?

_ Por aí... – terminou de fumar seu cigarro, jogando-o fora antes de se sentar de frente para os companheiros, distribuindo os papéis – Querem que a gente faça um show beneficente pro Natal. Disseram que vai ser bom pra nossa imagem, vai ajudar na divulgação e aumentar as vendas, já que o público é diferenciado. E como não haverá cachê, irão nos deixar de folga até terminar as festas de Ano Novo.

_ Serão quantos shows? – questionou o vocalista.

Era estranho o líder estar tão calmo diante de uma proposta dessas. Já haviam feito algumas apresentações no começo da carreira, sem receber nenhum iene em troca, simplesmente pelo fato de poderem mostrar sua música. Mas atualmente eram uma banda de destaque, suas músicas estavam no topo das mais ouvidas. Precisavam do dinheiro como qualquer outra pessoa para viverem e bancarem suas despesas.

E ter Jack anunciando que o show seria de graça, em troca de alguns dias de folga... era muito estranho mesmo.

_ Apenas um. – o baterista ergueu a sobrancelha, entendendo bem o motivo das desconfianças.

_ Por que eu sinto que tem algo errado nisso? – Teruo inclinou-se para frente no sofá, encarando o líder seriamente.

_ Desde que não seja nada igual ao filme... – Shibuya resmungou baixinho, sentindo um arrepio percorrer seu corpo só de lembrar.

_ Na verdade não tem nada de errado com o show ou o contrato... – esfregou as têmporas, não gostando daquele interrogatório – Querem um live especial no dia do Natal, que será apresentado para um grupo de crianças.

O silêncio pesou no ambiente. Todos encaravam o baterista atentamente, esperando que ele gritasse "Surpresa!", mas Asamura não era de fazer esse tipo de brincadeira, mesmo que fosse véspera de Natal.

_ Hahaha! Esse é o tipo de divulgação que eles prometeram? – Takeo não sabia se ria de nervoso ou da piada sem graça – Querem que a gente toque para um bando de pirralhos?!

_ Sim, Shiroyama. Vamos tocar para um bando de pirralhos, talvez alguns com a mentalidade mais madura que a sua. – o líder rebateu ácido, mas não conseguiu apagar o sorriso do rosto do ruivo.

_ Onde querem fazer a apresentação? – questionou o baixista, ainda indeciso se gostara ou não da ideia.

_ Eles estão esperando a gente aceitar pra começar os preparativos.

_ Mas se o show é pra crianças... então terão adultos por perto, vigiando elas? – assim como Takeo, Arata não gostava muito da ideia de crianças por perto, correndo, gritando e chorando sem motivo.

_ Isso eu não sei... o que me pediram pra passar é que querem um live especial e diferenciado pro Natal, que será apresentado para um grupo de crianças. Pediram para conter no set list as músicas mais animadas que já gravamos. Será algo rápido, no máximo uma hora e durante a tarde. Então ninguém precisa cancelar os planos feitos pra data.

Teruo e Takeo sorriram aliviados. O moreno já tinha planos pra essa noite e o ruivo com certeza planejaria algo com o namorado.

_ Só por curiosidade chibi... se não vamos ter cachê e o público não é o que normalmente esperamos, por que vamos aceitar fazer esse show? – Teruo sabia que um show assim não ia prejudicar a imagem da banda e ganhavam o suficiente para viverem bem, mas o fato do líder concordar com algo tão incerto era um mistério que queria desvendar.

_ Porque é para crianças com câncer.

* * *

Ensaiaram as semanas seguintes incansavelmente, escolhendo as melhores músicas e adaptando algumas com novas versões, tudo para que o show fosse o mais divertido e animado possível.

As criações mais animadas partiram de Shibuya e Takeo, trocando alguns trechos mais pesados por batidas leves e animadas. Arata improvisou algumas dancinhas, contando com a ajuda de Teruo, que também estava animado com a ideia. Até Jack estava menos carrasco durante os ensaios, mas ele afirmava que era porque todos estavam trabalhando direito e não porque estivesse de bom humor.

Já haviam escolhido o melhor lugar para o show, assim como a decoração. Fizeram uma grande encomenda de balões e faixas coloridas, e até mesmo de doces e brinquedos, tudo por conta da P”Saiko.

Depois de descobrirem o público alvo, eles nem ligavam mais para a folga que ganhariam. Realmente era um show especial, e o motivo comovera os rapazes. Agora eles estavam empolgados e queriam dar o melhor de si.

Só não estavam muito empolgados com o encontro que teriam mais tarde com o estilista da gravadora. A princípio pensaram em usar roupas comuns, ou até mesmo a roupa da última turnê, mas Gensuke também se animara com o show e fizera questão de desenhar algo especial, assim como a data pedia.

Foi uma sessão muito tensa no meio de tecidos coloridos, fitas e acessórios, com o estilista jogando a fita métrica para todos os lados e por engano encostando onde não deveria. Uma medida aqui, uma apalpada ali, outra medida dessa vez anotada na ficha de cada um, sempre acompanhada de comentários elogiosos, de como eles tinham braços fortes, como o corpo estava definido, como estavam com a pele bonita.

_ E os desenhos? – questionou o líder, enquanto Gensuke tirava as medidas de Teruo.

_ Que desenhos, querido? – o estilista parou o trabalho para poder encarar o baterista, a mão pousada inocentemente no peitoral do guitarrista moreno, que tentou afastar alguns passos.

_ Os desenhos das roupas. – Jack tinha vários papéis em mãos, mas nenhum deles continha o que procurava – Você sempre mostra os modelos antes. Onde estão?

_ Ah, esses desenhos! – sorriu encantado, voltando a medir a cintura do guitarrista, tendo que se colar ao seu corpo para que seus braços dessem a volta nele – Dessa vez vocês não vão ver! Tenho autorização do produtor, já mostrei pra ele minha ideia e ela foi aceita.

Os cinco se entreolharam, temendo o que poderia sair dali. Gensuke era brilhante quando se tratava de moda, mas não deixava de ser a criatura mais estranha da gravadora.

E se havia um castigo pior que aquele, ainda não fora inventado. Sempre saiam traumatizados da sala do estilista. Temiam o dia em que ele pediria para vê-los nus, porque a medida sobre as roupas que usavam não era precisa o suficiente.

_ Será que o G-san vai fazer roupas típicas pro Natal? Tipo gorrinhos e roupas vermelhas? – questionou Arata.

_ Ou vestir a gente de Papai Noel!? Com barriga e barba? – completou Shibuya, feliz demais, na opinião dos outros.

Eles não queriam usar aquilo!

_ Aposto que ele vai vestir a gente de duendes. – comentou Takeo, arrancando uma careta de Jack, apavorado só pela menção da ideia.

_ Ou de renas. – Teruo estendeu a mão, aceitando a aposta – Cinco mil ienes.

_ Fechado.

* * *

Natal. A cidade toda enfeitada, com neve pelo chão e luzes nas casas e lojas. Algumas pessoas estavam fazendo as compras de última hora, outras aproveitando os eventos que a cidade ia oferecer naquele dia e algumas poucas preferiam ficar em casa, curtindo a companhia da família ou só aproveitando o frio para ver um filme.

Mas a P”Saiko, nesse ano, ia aproveitar de um modo diferente. A missão deles naquela tarde era animar um grupo de crianças. Por isso levantaram bem cedo naquela manhã, uma van indo buscá-los em casa para levá-los ao estúdio, a fim de que se trocassem e maquiassem, e a seguir fossem levados para o local do show.

A animação no estúdio era palpável. Todos estavam muito sorridentes, alguns dos staffs usando gorrinhos e outros cantarolando musiquinhas natalinas, cumprimentando e sorrindo para os rapazes quando estes chegaram.

Receberam uma rápida instrução de como proceder com a abertura da apresentação, confirmando a presença de alguns adultos para cuidar das crianças e o horário certo de início e término do show. Foram avisados que o palco fora montado na tarde passada, e todos elogiaram bastante pelo bom trabalho.

A pior parte vinha a seguir, pois precisavam se arrumar, o que significava que a próxima pessoa que iriam encontrar era o estilista.

_ Olá, rapazes! – cumprimentou Gensuke, mais feliz que o habitual – Ah, as roupas ficaram perfeitas! Vocês vão amar!

E realmente esperavam amar o trabalho do estilista, porque estava muito em cima da hora para voltar atrás na decisão ou mandá-lo fazer outra coisa.

O homem entregou uma sacola para cada um, empurrando-os para os trocadores, afirmando que se tivessem qualquer dúvida, não precisavam pensar nem duas vezes antes de chamá-lo.

Eles estavam em cubículos separados, mas as ações foram iguais. Retiraram as roupas das sacolas, penduraram nos cabides e depois analisaram os conjuntos que vestiriam.

_ Puta que pariu... – o guitarrista ruivo não segurou o palavrão. Havia perdido a aposta, mas aquilo era pior do que imaginara.

_ Eu vou matar o Gensuke. – Asamura rosnou do outro lado, enquanto socava a porta.

_ Ah... mas ficaram... bonitinhas... – o vocalista ainda tentou olhar pelo lado bom, mas sabia que aquilo não ia convencer ninguém.

_ Bonitinhas?! – o líder estava inconformado – Isso é ridículo!

_ Não ficaram tão ruins. A minha serviu. – comentou o baixista.

_ Você vestiu essa coisa? – gritou o baterista, que teria estrangulado o namorado se ele estivesse por perto.

_ Tem que levar em consideração as coisas que esse pessoal que frequenta Akihabara usa, Jack. – suspirou Takeo.

_ Hei! – reclamou o otaku.

_ O que acontece se a gente aparecer com as nossas roupas? – a voz de Teruo saiu num tom forçadamente calmo. Também perdera a aposta, mas dessa vez, não teria importado se Shiroyama tivesse ganhado.

_ Advertência? – sugeriu o ruivo.

_ Eu prefiro arriscar.

_ Nossa sorte é que o show é particular, não vão filmar, tirar fotos, ou fazer entrevistas. O máximo que pode acontecer é as crianças contarem pras pessoas lá fora, mas talvez isso não se espalhe tanto... – ponderou o líder, olhando desgosto para a roupa – Vamos vestir.

O primeiro a sair da cabine foi Ikeuchi, com uma camisa cavada e calça bem larga, ambas na cor marrom, nas mãos levava luvas grandes e feitas de pelúcia, apenas com os dedos de fora, nos pés pantufas marrom com manchinha preta, quase duas vezes maior que o tamanho normal de seus sapatos. E presa nos cabelos, uma tiara com orelhinhas de cachorro completavam o visual.

A seguir saiu Hayato, com shorts brancos cheios de plumas nas barras, blusa branca com mangas curtas e transparentes, meia arrastão e pantufas com coelhinhos pregados na parte superior. Também tinha luvas nas mãos, branquinhas e macias e orelhinhas presas no topo da cabeça, com uma delas caída sobre a lateral da cabeça.

E para finalizar o visual, assim como Shibuya tinha uma cauda de cachorro presa à calça, o vocalista tinha uma bolinha felpuda pregada na parte de trás do short.

Os primos se olharam sorrindo, afinal não estavam tão ruins. E estavam curiosos para ver os outros rapazes, o que não demorou muito. Os guitarristas saíram a seguir, também se olhando e rindo um do outro, e por último veio o baterista, com a cara amarrada e um bico enorme nos lábios.

_ Ursinho! – Jin saiu correndo de encontro ao baterista, apertando-o nos braços. Era o melhor presente de Natal que poderia ter ganho.

_ Literalmente! – zombou Teruo, arrancando risadas de todos.

_ O que eu fiz pra merecer isso? – Jack parecia desolado.

Jack estava mesmo vestido de ursinho, mas não um ursinho de pelúcia qualquer. Ele era um ursinho panda. A roupa era toda preta, com grandes partes em branco, também feita de pelúcia. Os pés estavam com uma pantufa preta e a outra branca, na cabeça orelhinhas arredondadas e grandes, também com cores intercaladas e um galho de bambu presa atrás de uma delas. Luvas pretas nas mãos, mas pequenas, para que facilitasse na hora de tocar e um rabinho preto colado à calça.

_ Tachii, troca de fantasia comigo? – o baixista finalmente havia largado o líder, e agora olhava a roupa dos outros dois.

_ Nem morto! Fiquei muito bem assim. – ele não gostava de cachorros e se negava a usar a roupa de Shibuya, mesmo porque ela não iria servir devido à diferença de altura.

_ Mas eu queria tanto me vestir de tigre...

_ Isso não é um tigre! É um gato!

Para combinar com a cor das lentes, a roupa de Takeo era acinzentada, camisa curta, cavada e bem justa com uma gola em V, feita com um tecido que se assemelhava com os pelos de um gato. Calça bem larga, com vários rasgos e um rabinho longo e felpudo preso atrás, pantufas de mesma cor nos pés e orelhinhas pontudas na cabeça. As luvas também deixavam os dedos de fora, mas pareciam ter garras por cima.

Teruo estava vestido de raposa. A camisa cavada num tom castanho-avermelhado, calça justa na mesma cor e pantufas enormes nos pés. Luvas longas, que iam até acima do cotovelo, também com desenhos de garras por cima, uma calda felpuda e longa presa na calça e orelhas curtas e pontudas na cabeça.

_ Nós estamos tão fofos! – Izumi também estava com vontade de apertar o namorado, como fizera o primo com o baterista. Todos estavam muito apertáveis.

_ Claro, você fica gordo com qualquer roupa. – já que não tinha como evitar aquela vergonha, Asamura também ia zombar dos outros.

_ Eu não estou gordo! – foi a vez do vocalista armar um bico.

_ Imagina... se trocasse essas plumas por penas ia parecer uma galinha. – sorriu maldoso, arrancando gargalhadas dos guitarristas.

_ Takeo! Você tinha que me defender!

_ Koi, você está vestido de coelho e fazendo uma cara tão fofa! Acha mesmo que é fácil te levar a sério? – o ruivo continuou rindo do outro – Dá vontade de apertar, sabia?

E apesar de dizerem que não queriam nenhum registro de que haviam se vestido daquela forma algum dia, foi só Shibuya tirar o celular da mochila que todos se reuniram para tirar uma foto.

* * *

_ Estamos prontos. – anunciou o líder, assim que voltaram ao encontro do estilista, já vestidos com suas criações, arrancando um gritinho extasiado do homem.

_ Ficaram ótimos! – Gensuke bateu palmas, praticamente se segurando para não dar pulinhos de alegria – Agora só falta a maquiagem!

Mas ao se sentarem nas cadeiras em frente aos espelhos, notaram que não havia nenhum kit de maquiagem a vista, e sim vários potes de tinta guache e alguns pincéis. Jack deu um tapa na própria testa, enquanto Teruo resmungava o quanto aquilo era infantil. Não bastava usarem roupas de bichinhos, tinham que pintar os rostos para parecerem com os bichinhos.

Ao final de quase duas horas, eles tinham bigodes e manchinhas espalhadas por toda a face, assim como as partes dos braços que estavam visíveis também foram tingidas. O coelho agora tinha olhinhos vermelhos, o gato pupilas como fendas e a raposa um cachecol em volta dos ombros, muito parecido com a pele do animal de verdade.

* * *

Na metade de Five Stars, a música de abertura, as crianças já estavam gritando pelos bichinhos, tentando subir no palco, querendo brincar com eles. Os que não eram muito novos e já conheciam um pouco da banda, cantavam juntos e tentavam improvisar alguns passinhos de dança.

A seguir, continuaram com Oshougatsu, Brave New World e Brain and Pink. Foi uma surpresa ver que várias crianças sabiam a maior parte das letras! Isso pareceu ser uma motivação a mais para os músicos, que tocaram com mais empolgação.

Fizeram uma pequena pausa, onde Arata perguntou se estavam todos se divertindo, e as crianças responderam com gritos e palmas, ainda chamando os bichinhos para brincarem com eles. Quando questionou quem queria brinquedos e doces, os gritos aumentaram e todos levantaram as mãos. O vocalista explicou que todos deviam sentar em seus lugares, e que alguns ‘tios’ iam passar distribuindo os presentes.

A P”Saiko aproveitou a pausa para tomar água e ver se a maquiagem ainda estava intacta. Estavam animados para voltar ao palco e continuar animando aquele público tão especial.

Quando retornaram, as crianças ainda comiam os doces, algumas brincavam com balões, bolas e outras apertavam bichinhos de pelúcia contra o corpo, mas todas sorriram abertamente ao verem os bichinhos em tamanho real voltando para cantarem mais.

Em Pnm foram mostradas cenas do filme em um telão, juntamente com cenas dos bastidores e alguns erros de gravação. Depois vieram as adaptações de Time Lost, Yakusoku e Dear. Os toques melódicos e por vezes nostálgicos continuaram doces, contudo mais enérgicos e rápidos.

Vacation Camp e Delírios de Verão também foram acompanhadas da apresentação no telão de algumas cenas das férias dos rapazes, com fotos na praia e no campo.

O cenário atrás dos músicos mudou assim que começaram a tocar P”Saiko in Wonderland, com uma paisagem digna do País das Maravilhas. Alguns staffs foram convidados a participar da apresentação, caracterizando-se como os personagens do filme, andando entre as crianças e arrancando mais gritinhos de alegria.

Ao fim da música a banda fez uma nova pausa. O coelho agradeceu a presença de todos, perguntou se tinham mesmo gostado do show, ao que as crianças notaram que a diversão estava terminando. Elas pediram para eles não irem embora, algumas emburrando e armando bicos, mas a raposa disse que tinham mais uma surpresa. O ursinho, o gato e o cachorro também agradeceram a presença de todos, disseram que foi muito divertido e que queriam fazer aquilo de novo, ao que todos concordaram.

Novamente houve uma mudança no cenário, e enquanto tocavam Rocking X-mas, a música composta especialmente para aquela apresentação, outros staffs vieram para o meio do público, dessa vez vestidos de papai e mamãe Noel. As luzes piscavam e giravam pelo ambiente e uma chuva de pequenos papéis coloridos caiu sobre todos, dando a impressão de serem flocos de neve.

* * *

_ As crianças ainda estão pedindo por mais! – anunciou um dos staffs, seguindo os rapazes até o camarim – O produtor quer saber se vocês vão tirar fotos.

Jack lançou um olhar mortal ao rapaz. Ele queria tirar logo aquela fantasia e voltar pra casa, se entupir de sorvete e ter seu feliz natal, mas parece que os outros tinham uma ideia diferente.

_ Claro! – Ikeuchi pegou novamente sua câmera.

_ Eu também quero doces! – Takeo levantou as mãos, como as crianças haviam feito antes.

Até Teruo e Arata acenaram em concordância. Já que estavam ali, podiam divertir as crianças mais um pouco e aproveitarem a festinha.

_ Se essas fotos saírem em alguma revista... – mas dessa vez não parecia que o líder estava falando sério.

_ Se saírem, vai mostrar que foi por uma boa causa que você pagou esse mico! – Takeo deu um tapa em suas costas, empurrando-o para frente, acenando para os outros os seguirem.

Voltaram para o palco, conversando animados e fazendo os planos de Natal e Ano Novo. Poderiam aproveitar a folga para visitarem as famílias e descansarem. Assim que as crianças viram os bichinhos voltando, a algazarra foi geral, e só aumentou quando os rapazes se juntaram a elas, tirando fotos e deixando que elas os abraçassem.

E não importava que lá fora estivesse frio e nevando, ou que o futuro daquelas crianças fosse incerto ou até mesmo curto. O importante é que tornaram o dia delas especial, trazendo boas lembranças para que pudessem se recordar nos momentos difíceis.

 

^-^

Notas Finais:
A ideia surgiu depois que apareceu na pupe algumas roupas de cachorrinho e esquilinho... fiquei imaginando os psaiko-boys com algo assim, e como estava perto do Natal, aproveitei a deixa ^.~
Obrigada Kika, pela ajuda com o título ^^

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