domingo, 10 de janeiro de 2010

Único

Notas do Autor:
Adepta à troca de casais. Mas dessa vez com um final feliz. Boa leitura!

 

Vésperas de comemorar três anos de namoro, Takeo e Jack decidiram fazer um almoço e chamar os irmãos para comemorarem com eles. Takeo estava terminando de preparar o almoço, recebendo um pouco da ajuda no menor, enquanto os mais velhos estavam na sala conversando e planejando algo nas costas dos outros.

_ Tem certeza que é um passo certo, Aoi-san? Digo... nenhum dos dois disse nada, mas eu sei que Tarou tem vontade de ficar com seu irmão. - Yuuto estava sentado ao lado do empresário, brincando com o gato de estimação de Jack, chamado Yuya.

_ Eles estão juntos há muito tempo, e pelo que Takeo comentou os dois tem medo de perder um ao outro. - inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, lançando olhares de soslaio para a cozinha.

_ Mas eles não vão topar isso de livre e espontânea vontade. - parou por alguns segundos, antes de abrir um sorriso sacana. - Seria tão divertido ver Takeo-san pedindo a mão do meu otouto...

_ Ah, claro! - soltou uma gargalhada - Acha mesmo que o Takeo pede permissão pra fazer qualquer coisa que seja? Estamos falando daqueles dois revoltados na cozinha. A gente pode planejar tudo, convidar os amigos... na hora H eles não vão querer passar vergonha e vão aceitar.

_ Ou meu querido irmãozinho vai dar uma de Julia Roberts e fugir. O que não é uma opção, nem que eu tenha que amarrá-lo e jogá-lo no altar. - riu, espreguiçando-se. - Você é o homem das idéias aqui, só para constar.

_ As idéias são minhas, mas você me ajuda a por em prática - estendeu a mão - Faça os convites, converse com os amigos e veja tudo para a festa. Eu vou arrumar o local para a celebração e a lua-de-mel.

Apertou a mão do moreno, sorrindo largamente. Mal podia esperar para ver a cara do irmão mais novo.

_ Vou falar com os colegas de banda de Tarou... acha que dois meses serão suficientes?

_ É mais que suficiente. Também tenho que arrumar roupas pro Takeo e ver alguém pra fazer a união deles.

_ Ótimo! Contanto que eles não se matem depois da... - parou de falar, ao ver o irmão voltar para a sala, pegando o gato no colo e sentando-se em uma poltrona.

_ Quem vai se matar?

_ E o almoço? Sai antes do jantar? - Aoi esfregou a barriga, fingindo ter fome - Ou vocês estavam se pegando de novo?

_ Reclama com seu irmão. - Ryuutarou fez um bico enorme, arrancando risadas do irmão - Nunca vi algo tão absurdo quanto cozinhar.

_ Eu já vi. - Yuuto respondeu, com um sorriso de canto. - Você tentando andar de bicicleta. Isso é mais absurdo.

_ Não sabe andar, Jackie? - Takeo apareceu na sala, jogando-se em um dos sofás e apertando a bochecha do menor.

_ Eu tenho equilíbrio para andar de moto, é o suficiente. - Estapeou a mão do mais velho, fechando a cara levemente.

_ Ele é tão bom que conseguiu ir direto para uma ladeira na primeira vez que andou. Uma semana no hospital, cinco pontos na cabeça e uma perna quebrada. - contou o irmão entre risadas.

_ Takeo andou de bicicleta com rodinhas até quase 8 anos. - Aoi juntou-se para ridicularizar os irmãos.

_ Hei... mas eu era pequeno, isso não vale! - apontou a língua pro mais velho.

_ Eu tinha seis anos e comecei sem as rodinhas. - sorriu de canto, virando-se para o namorado. - E a chupeta? Foi até os oito, também?

_ Não zoe ele, Tarou. Lembre-se do seu cobertor...

_ Aquele que eu roubei de você aos nove anos e você abriu um berreiro? - o músico fuzilou o irmão com o olhar.

_ Onw que gracinha! - Takeo caçoou, apertando a bochecha de Jack - Eu não gostava de chupetas pra sua informação.

_ Verdade, ele tinha um gatinho de pelúcia, branquinho, que arrastava pra todo lado! - Aoi sorriu travesso - Como era o nome dele mesmo? Snow Bell?

Ryuutarou foi tomado por um acesso de risos, fazendo Yuya sair de seu colo e o olhar de forma estranha. Levou certo tempo para se recompor, bem como Yuuto, que recomeçava a rir cada vez que olhava para Takeo.

_ Snow Bell? - Jack respirou fundo, mas ainda tinha um sorriso sacana.

_ Pra sua informação, foi você quem me deu ele de presente! - armou um bico enorme, saindo da sala - Vou terminar o almoço...

_ Takeo, nunca pensei que você fosse tão fofo! - seguiu o maior, parando no batente da porta.

O ruivo apenas apontou-lhe o dedo médio, voltando a terminar o almoço. Fofo... não ele...

Andou até o ruivo, segurando-lhe a mão e colocando o dedo na boca, chupando-o em seguida.

_ Sabe que não precisa de mensagens subliminares, mas nossos irmãos estão aqui, então controle sua libido.

_ Você está ajudando muito no meu autocontrole - prensou-o contra a pia, roçando os lábios em sua orelha.

_ Eu me esforço. - respondeu em um murmúrio, levando os dedos até a sua nuca e puxando-o para um beijo.

_ Quer mesmo que eu me controle... logo agora...? - olhou-o pidão.

_ Seria bom se você se controlasse, Shiroyama-san. Não quero ouvir meu irmão escandaloso. - Yuuto parou na porta, rolando os olhos.

_ Não precisa escutar. Tampe os ouvidos. - O moreno mais novo resmungou, com o rosto afundado no pescoço de Takeo.

_ Por que você não vai se agarrar com alguém por ai, também? Inveja não faz bem, sabe. - sorriu de canto.

_ Ah, eu iria. - fez um beiçinho, falsamente magoado. - Mas primeiro tenho que zelar pelo bem estar do meu irmão.

_ Deixa os dois se agarrarem Yuuto-san! - Aoi chegou por trás, pousando a mão em seu ombro - Você já passou por essa fase, são os hormônios!

_ Eu estava na faculdade quando essa fase começou, mas não ficava me agarrando em qualquer lugar. Só quando estava bêbado.

_ Yuuto... por que não vai se agarrar com Aoi-san e nos deixam em paz?

_ Hei... eu sou comprometido! - Aoi levantou a mão mostrando o anel - Se bem que não seria má idéia. - riu divertido.

_ Eu não vou me agarrar com alguém comprometido. Não quero ser taxado de destruidor de lares.

Ryuutarou riu, saindo da cozinha e indo para o banheiro, lançando um olhar significativo para Takeo.

_ Ah, o problema é o lar... - entrou na brincadeira, mas não deixou passar em branco o sinal que os garotos trocaram.

_ Claro... sabe como é... uma namorada ou namorado irritado pode vir para cima de mim. Não é uma boa. - riu, dirigindo-se ao armário, começando a pegar os pratos.

* * *

Um mês depois e os preparativos estavam indo bem, Aoi conseguira falar com um juiz para realizar a união e Yuuto conseguira terminar a confecção do vestido. O que ainda estava lhes causando dor de cabeça era convencer os irmãos a provarem as roupas.

_ Yuuto-san, é impossível fazê-lo provar a roupa! - a voz de Arata soou do outro lado da linha, fazendo Asamura esfregar as têmporas. - Ele se recusa a usar um vestido branco.

_ O que ele quer? Um terno?

_ Não. Ele não tem problemas com o fato de ser um vestido. Ele só não quer usar branco.

* * *

Enquanto isso, numa loja de roupas para ocasiões especiais...

_ Deve servir... ele é um pouco mais alto que eu, mas é magro também. - pegou vários modelos de terno, colocando por cima das próprias roupas, tentando imaginar se ficaria bem no irmão.

_ Por que não traz o rapaz aqui? - aconselhou o vendedor.

_ Eu vou dar de presente... então quero escolher eu mesmo. - sorriu de canto malicioso.

* * *

_ Jack, é melhor você se vestir, antes que eu mesmo faça isso, e você sabe que eu vou adorar te despir. - Teruo soou sarcástico do outro lado do provador, segurando o vestido.

_ NÃO! É BRANCO!

_ Você é uma noiva, Jack! Tem que ser branco!

_ EU POSSO SER UMA NOIVA GÓTICA!

_ Não pode! Anda logo, eu quero terminar isso tanto quanto você.

_ Deixa comigo. Ryuutarou-kun... - a voz de Arata soou calma, abrindo a cortina e vendo o amigo ainda vestido. - Você precisa usar isso. É um novo visual, somente algumas fotos e nunca mais vai precisar nem entrar num desses de novo.

O moreno olhou o outro de forma desconfiada antes de pegar o vestido, voltando para dentro do provador.

* * *

Chegou à casa do irmão, levando alguns ternos para que o outro provasse. Não podia continuar usando ele mesmo, pois erraria o tamanho.

_ Yo, aniki...  - abriu a porta dando espaço - Achei que estava trabalhando...

_ Experimenta isso aqui. Não sei seu tamanho... - entregou um dos ternos sem fazer cerimônia.

_ Nem. Morto. - jogou o terno pra longe, fazendo cara feia - Não uso isso.

_ Ah, usa sim! - o mais velho aproximou-se com um sorriso, no mínimo, diabólico.

Quase duas horas depois...

_ Satisfeito?! - após de muita insistência, concordara em provar o terno, não se lembrava da tal garota que o irmão mencionara que faria aniversário, mas não o agradara nem um pouco ter que se vestir a rigor - Serviu, tamanho exato! Posso tirar essa fantasia de pingüim?!

_ Pode sim, ficou muito bom! - sorriu satisfeito. Ele sabia que o irmão estava desconfiado, mas não ia desistir agora, precisavam seguir com aquele plano.

Saiu do apartamento de Takeo, sacando o celular antes mesmo de chegar à rua:

_ Consegui, serviu! - ligou para Yuuto, para comunicar o avanço das preparações - E com o Ryuutarou-kun?

_ Estão o fazendo provar. Mas vai ficar bom, conheço o irmão que tenho. Depois te conto como foi. - respondeu, sorrindo largamente.

_ Certo... estou indo ver a decoração. Nunca pensei que fosse tão complicado escolher flores! A vendedora me deixa louco... - bufou irritado.

_ O buffet já está avisado, chamei os amigos do meu irmão e os companheiros de trabalho de Takeo... nunca pensei que seria tão difícil arrancar essas informações do Ryuu-chan.

_ Deve ser porque eles têm coisas melhores pra fazer do que ficar contando casos de amiguinhos. - riu baixinho - Agora tenho que ir, a gente se fala depois. - desligou, entrando no carro e saindo novamente para as ruas.

Desligou o celular, mas logo voltou a abri-lo. Recebeu uma mensagem com uma foto que o fez se segurar para não rir alto demais. Jack usando o vestido de noiva. Ficou ótimo e renderia boas risadas quando vissem os vídeos da festa.

* * *

Jack afundou um pouco mais no sofá, puxando a aba do boné para cobrir o rosto, enquanto tentava dormir. Estava de pé desde cedo e faltava apenas ele para vestir, fazer a maquiagem e cabelo para as malditas fotos.

_ Jackie, você é o próximo. - a voz de Shibuya soou gentil e o baterista ergueu o rosto, encarando-o com uma expressão assassina. Suspirou, levantando-se e indo para o vestiário, começando a colocar aquela montoeira de tecido branco.

Quando saiu da sala foi agarrado pelos braços pelas maquiadoras e sentado na cadeira do camarim. Em pouco mais de uma hora estava com os longos cabelos negros cacheados e com mechas vermelhas, uma grinalda brilhante e muita maquiagem nos olhos. Negou, levantando-se e começando a colocar as luvas.

* * *

Não sabia como fora parar naquela confusão, mas o irmão o arrastara cedo para as ruas. Já havia perdido a conta de quantos lugares passaram, desde salão até loja para aluguel de carros. E todas as vezes que perguntava o motivo, o mais velho mudava de assunto.

Foi deixado sozinho no apartamento, com instruções para se arrumar apropriadamente para o tal aniversário. Conversa fiada, em sua opinião. Suspirou frustrado antes de decidir se arrumar, mas um sorriso de canto surgiu em seus lábios ao ter uma idéia inusitada.

Meia hora depois, quando se olhou no espelho, ficou satisfeito com o resultado. Abriu um sorriso enorme, indo atender a porta.

_ O que você pensa que fez com esse terno?! - Aoi berrou a plenos pulmões, vendo o mais novo com o que deveria ser um terno elegante e agora estava sem mangas, alguns rasgados na calça, correntes presas no cinto, um sobretudo jeans escuro e os coturnos - Eu não acredito que você fez isso, Takeo!

_ Eu não ia sair usando aquilo!

_ Imaginei que algo assim ia acontecer! Sorte a sua que eu comprei um extra, está me devendo! - resmungou, arrastando o ruivo para o quarto, ajudando-o a se trocar.

_ Eu não pedi pra me comprar fantasia nenhuma. Aniki... pra que isso? - tentou comovê-lo, lançando um olhar pedinte – Me deixa ficar quietinho em casa, vai?

_ Cala a boca senão eu te arrasto a força pela rua! - apontou um dedo pro seu nariz, falando sério, sem margem para contestações.

Ficou com a cara emburrada por todo o trajeto, negando-se a falar com o mais velho. Olhava a paisagem passando por fora do carro, até finalmente pararem.

_ Vamos!

_ Pode ir, vou esperar aqui. - resmungou, sem olhá-lo.

_ Vem, agora! - abriu a porta do carro, batendo o pé nervosamente.

Seguiram por um longo corredor, apenas o som de seus passos ecoando pelo ambiente. O que o mais velho estaria querendo por ali? A todo instante olhava para si, o terno preto de corte reto, a camisa branca por baixo e a gravata... Ridículo! Sem falar nos sapatos sociais, que pareciam reluzir do tanto que foram lustrados.

_ Chegamos... - anunciou o irmão, parando de andar - É agora... - resmungou mais para si, tratando de segurar o ruivo pelo braço, encaminhando-o para frente do salão. Havia muita gente conhecida sorrindo e acenando para si. Sentiu um arrepio subir por sua coluna, só agora se dando conta do que aquilo poderia ser.

_ Me fala que não é o que eu acho que é... - choramingou, desesperado - Aniki... me tira daqui... onegai... eu não quero ser seu padrinho...

_ Você não é o padrinho, Takeo. - Aoi abriu um sorriso enorme e feliz.

Takeo travou no lugar, mais branco que papel, intercalando olhares para o irmão e os presentes. Não acreditava que aquilo estava acontecendo.

Aoi estava finalmente lhe contando a história toda, mas não prestava atenção em nenhuma palavra. Sentiu que se tentasse se mover, suas pernas iriam falhar.

* * *

Quando percebeu, já estava saindo da van e sendo empurrado pelas portas de um salão de festas, sendo segurado pelos outros. A situação havia piorado, quando Shibuya apareceu do seu lado, segurando um buquê de rosas vermelhas.

_ O que está acontecendo aqui? - parou no lugar, decidido a não se mover até ter uma resposta satisfatória.

_ Er... SURPRESAAAA!

_ Como assim 'surpresa'? - empalideceu, olhando para todos ali. Suas pernas começaram a se mover rapidamente, correndo para fora dali, mas infelizmente não havia sido rápido o suficiente, sendo alcançado por Teruo, que o colocou nos ombros, começando a voltar.

_ ME SOLTEM! VOCÊS NÃO TINHAM O DIREITO DE DECIDIR ISSO POR MIM! - esperneou, batendo nas costas do amigo. Só se deu conta que estava no salão quando ouviu a marcha nupcial, que para si mais parecia uma marcha fúnebre.

_ Entrega pro senhor Shiroyama Takeo. - Arata anunciou, caminhando com os outros para o altar.

_ EU JÁ DISSE PRA ME SOLTAREM! - berrava, arrancando risadinhas de todos. Bufou ao ser largado no chão, arrumando a franja e sentindo as bochechas esquentarem. Olhou para o namorado, completamente desesperado. - Takeo, o que está acontecendo aqui?

_ Não sei... - engasgou-se tentando falar, mais parecendo uma estátua do que um ser humano.

_ Senhores, acho que precisamos começar a cerimônia. - o juiz, que até agora assistia tudo com uma sobrancelha erguida, se pronunciou, fazendo o baterista voltar a se alarmar e o ruivo travar mais ainda.

_ Eu vou matar vocês! Eu juro que vou!

_ Cerimônia...? - sentiu um arrepio subir por sua coluna. Olhou para o irmão, torcendo para que ele gritasse que era uma pegadinha - Jack, tira a gente daqui... - cochichou para o moreno, olhando para os lados, procurando uma saída ou alguém para ajudá-los.

_ Fique quietinho aí, Shiroyama. Nunca deu tanto trabalho fazer uma festa. - Yuuto resmungou, largando o irmão e vendo-o cruzar os braços.

_ Vocês não nos perguntaram se queríamos isso! - o baterista rosnou, sabendo que em poucos minutos teria uma crise de choro pelo nervosismo.

_ De quem foi a idéia estúpida de fazer isso?! - fuzilou o irmão e Yuuto, querendo matar um deles, qualquer um. - Olha a palhaçada que nos meteram, estamos com essas roupas ridículas na frente desse tanto de gente e nem sabemos por que!

_ Ah... mas agora já sabem. Assumo a idéia! - contou Aoi, todo orgulhoso - E vocês dois estão ótimos!

_ Se algum dia eu fosse casar, esperava que eu não precisasse me vestir de noiva! - Jack o fuzilou com o olhar, apertando os punhos.

_ Chega de drama! Vamos terminar essa cerimônia. - Aoi empurrou todos para fora dali, deixando apenas os noivos perto do juiz.

Ryuutarou revirou os olhos, encarando o noivo e suspirando cansado.

_ Você não precisa fazer isso, se não quiser. Eu sei que não estava nos seus planos.

_ Por que a decisão final tem que ser minha? Não é que eu não quero, mas eu preciso saber o que você quer! - olhou para os lados, tentando falar baixo o suficiente, para somente os dois ouvirem.

_ Você nunca disse que queria, oras. - resmungou, olhando para baixo.

_ Mas você devia ter comentando comigo também! - suspirou fundo, encarando-o - Você quer?

_ Hai. - respondeu, encarando-o de volta. - E você? Tem certeza de que quer isso?

Se não havia outro remédio... não é que a idéia fosse absurda, só não estava preparado. Respirou fundo, estendendo a mão para o namorado e abrindo um pequeno sorriso.

_ Vamos começar essa cerimônia?

O celebrante suspirou de  satisfação. Nunca havia visto um casamento tão enrolado quanto aquele.

Estava indo tudo bem, até que o juiz pediu as alianças.

_ Alianças? - Aoi olhou para Yuuto, desesperado. Nenhum dos dois havia se lembrado de comprá-las.

Teruo suspirou cansado, andando até os noivos e estendendo uma caixa de veludo azul para Jack, revirando os olhos.

_ Incrível como vocês pensaram em tudo e esqueceram o óbvio.

_ Obrigado. - Asamura agradeceu, entregando a caixa para Takeo e estendendo o dedo - Anda logo. Meus pés estão doendo.

O ruivo colocou a aliança em seu dedo, logo sendo imitado pelo noivo e sorrindo sacana em seguida.

_ Posso beijar a noiva?

O celebrante olhou para o teto, fazendo que sim. Ryuutarou riu baixo, se aproximando do ruivo e sussurrando:

_ Me chama de noiva de novo e eu te mato com esse salto.

_ Vai querer ser viúva com cinco minutos de casamento, koi? - aproximou-se segurando seu rosto e colando os lábios, sendo atingidos no mesmo instante por uma chuva de arroz e aplausos dos amigos.

Saíram de mãos dadas e entraram no carro estacionado à frente do consulado, enfeitado com uma faixa de recém-casados e algumas latas presas na parte traseira.

Acenaram, se despedindo dos amigos, saindo rumo à lua de mel.

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