quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lost

Time Lost
Original fiction, PSaiko Project
Teruo Pov
Drama, Romance, Angust
Sinopse:
Nem sempre sonhos se realizam e o Valentine's Day pode se tornar uma lembrança.


The only certainty I have,
It is that this love will never be matched.
Subete wo te nii irete
Subete wo ushinatte
Kioku yubi no aida surinukete mo
Kokoro nara koko ni tatte
Soushite once again arukidasu yo...
Subete wo te nii irete
Subete wo ushinatte...
Maybe I can have you...
...in my dreams

-####-

Como infernos eu conseguiria fazer aquilo? Com todo esse tempo que nos conhecemos, todas as vezes que eu chegava perto, acabava perdendo a fala e me sentia o cara mais estúpido da face da Terra quando me trancava no quarto. Essa vidinha de adolescente é uma merda. Fato. E eu devo estar realmente ficando maluco, porque, ficar no terraço do colégio falando com a minha sombra... Não é saudável.

“Definitivamente não é saudável...”.

Pego de surpresa, o moreno se levanta da mureta fitando, com olhos arregalados, quem lhe abordava.


“Cara, não me dê um susto desses! Ta querendo me matar, porra?”. Seu corpo acabou relaxando após constatar quem era. “E alguém já lhe disse que é feio escutar a conversa alheia?”.

“To falando... Não é saudável! Ta falando sozinho e manda essa...”, riu ao notar o desgosto estampado no rosto do amigo. “Pelo visto está ainda no terrível dilema, não é?”. Seus olhos castanhos fitaram o céu tão logo havia se sentado ao lado do amigo.

“E você acha assim tão fácil? Tem muita coisa em jogo, Akira”.

“O máximo que pode acontecer é você levar um belo não, certo?”.

“Levar um não, ter minha auto-estima soterrada, virar chacota, ser ignorado, abalar a amizade com pessoas importantes...”, suspirou cansado. “Não acha que é arriscar muita coisa?”.

“Pense positivo, pelo menos você não será ameaçado com uma faca, aham...”. Prendeu o riso ao lembrar do ocorrido enquanto mordia o lábio inferior.

“Pelo amor de Kami! Não me lembre dessa louca!”. Não gostava nem de lembrar do fato.

“Ok, ok, mas... Você chegou a terminar, certo?”. Akira virou o rosto para o lado, podendo assim observar melhor as feições do moreno.

Um longo suspiro escapou os lábios de Yuura antes de sua voz sair baixa, quase em um sussurro, enquanto seus olhos fitavam um ponto qualquer no chão.

“Sim, terminei”.

“Sabe, você pode mandar por correio. Pode ser mais fácil... Ou se você quiser, eu posso entrega-la. Mataríamos dois coelhos com uma cajadada só”. Piscou ao outro.

“Não sei, ainda estou na dúvida se devo... É um pouco assustador, Akira. Na verdade é bem assustador!”. Riu nervoso. “E você só está se oferecendo porque ganharia algo em troca...”, olhou o outro com o cenho franzido, sorrindo logo em seguida.

“Não me culpe por isso, oras!”. Riu. “Mas sério, falando como amigo, se precisar é só me ligar que entrego. O dia dos namorados está ai cara, não perca tempo!”.

“Você quer é me ver em desespero, isso sim!”, comentou com falso desagrado, levantando-se da mureta e ajeitando o uniforme. “Melhor descermos, daqui a pouco da o horário de ir embora”.

“Ok, ok, vamos lá. Mas vou cantando em sua homenagem...”, pigarreou vendo o amigo apertar o passo em clara fuga. “Meu amigo Yuura está apaixonadoooo...”, alongou a última sílaba de propósito. “... vai se declarar ou ficará encalhado...-”.

“Vai a merda, Akira!”, começou a descer as escadas mais rapidamente, com o amigo em seu encalço.

“Então pare de perder tempo, que eu paro de cantarolar!”.

-##-

Perder tempo...

Novamente essa lembrança. Todo ano, perto do mesmo dia, lembrava dessa fase de sua vida.

Na verdade nunca houve uma declaração. A carta que escrevera, nunca fora entregue ao seu destinatário, e muito menos rasgada. Ela permanecia guardada em uma de suas caixas com chave, dentro de seu armário.

Ela era a sua lembrança de um amor não declarado. Por medo, receio. Havia tanto em jogo na época, e atualmente, as coisas se tornaram mais complicadas. Nove anos de amor silencioso, conformado.

Nunca conseguiu encontrar uma pessoa que pudesse preencher seu coração. Que pudesse sobrepor aquele amor.

Havia perdido a oportunidade.

Havia perdido o tempo.

“Hey Teruo! O Jack está lhe chamando. Mandou dizer que a entrevista começa em cinco minutos”.

Seus olhos fitaram o staff enquanto sua mente retornava aos poucos.

“Arigatou Obura-san, já estou indo pra lá”. Se desencostou da parede enquanto amassava o copo de café, jogando-o na lixeira.

Amava-o. E isso já lhe era o bastante, assim como os sorrisos que recebia toda vez que se encontravam.

Havia perdido o tempo, a oportunidade, mas não o sentimento.

[-#-]

 

 

Tradução da letra criada/montada para o texto. (Os trechos em japonês não me pertence)

A única certeza que tenho,
É a de que este amor nunca será correspondido.
Eu ganho tudo
E perco tudo
Todas as coisas escapam pelos meus dedos
Mas meu coração continua aqui
E mais uma vez começarei a andar...
Eu ganho tudo
E perco tudo...
Talvez eu possa ter você
... nos meus sonhos.

[ O texto não se encontra revisado. ]

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